Economia

Presidentes de países da Unasul avaliam suspensão paraguaia

Na ocasião, o Grupo de Alto Nível da Unasul vai apresentar um informe detalhado e sugestões sobre a situação política no Paraguai, que também está suspenso da Unasul


	Ministros da Unasul: nos últimos meses, o governo do presidente paraguaio Federico Franco intensifica a campanha para tentar revogar a suspensão do país 
 (AFP/Daniel Garcia)

Ministros da Unasul: nos últimos meses, o governo do presidente paraguaio Federico Franco intensifica a campanha para tentar revogar a suspensão do país  (AFP/Daniel Garcia)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 12h48.

Brasília – A suspensão do Paraguai do Mercosul é um dos principais temas das discussões de hoje (30) da 6ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da Unasul – União de Nações Sul-Americanas, em Lima, no Peru. Na ocasião, o Grupo de Alto Nível da Unasul vai apresentar um informe detalhado e sugestões sobre a situação política no Paraguai, que também está suspenso da Unasul. Desde a destituição de Fernando Lugo da presidência do Paraguai, em junho, o grupo – presidido por Salomón Lerner, acompanha a situação política no país, em contato com autoridades do Executivo, Judiciário e Legislativo, além de representantes da sociedade civil.

Ontem (29) o documento foi divulgado para os ministros de Relações Exteriores da Unasul. Na reunião dos chanceleres, Salomón Lerner recomendou a criação de uma comissão especial para acompanhar as eleições presidenciais paraguaias, em 21 de abril de 2013. Isso porque, em visita a Assunção, Lerner ouviu de integrantes da oposição e de aliados de Lugo que há riscos de fraudes e repressão durante o pleito.

Nos últimos meses, o governo do presidente paraguaio Federico Franco intensifica a campanha para tentar revogar a suspensão do país tanto do Mercosul, como da Unasul, jutificando que o Paraguai está em ordem e que as instituições democráticas estão em pleno funcionamento. No entanto, para os líderes sul-americanos, a destituição de Lugo ocorreu em meio ao rompimento da ordem democrática. Franco nega irregularidades.

A presidente Dilma Rousseff cancelou sua participação na cúpula, por questões de agenda interna. Também estarão ausentes os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez. A reunião é comandada pelo presidente peruano, Ollanta Humala.

Já estão em Lima os presidentes José Mujica (Uruguai), Ramotar Donald (Guiana), Desiré Delano Bouterse (Suriname) e o vice-presidente brasileiro Michel Temer, que representa Dilma na cúpula. Devem chegar hoje ao país os presidentes Rafael Correa (Equador), Sebastián Piñera (Chile) e Evo Morales (Bolívia).

*Com informações da agência pública de notícias da Venezuela, AVN.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaImpeachmentMercosulParaguaiUnasul

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto