Economia

Presidente grego quer castigo a responsáveis por crise

Atenas - O chefe de Estado da Grécia, Karolos Papoulias, exigiu hoje durante uma reunião com o primeiro-ministro, Giorgos Papandreou, que sejam punidos os principais responsáveis pela grave crise econômica do país. As pessoas que enriqueceram nas últimas décadas por não pagarem os impostos, os que fizeram evasão de impostos, devem pagar por isso, disse […]

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2010 às 11h00.

Atenas - O chefe de Estado da Grécia, Karolos Papoulias, exigiu hoje durante uma reunião com o primeiro-ministro, Giorgos Papandreou, que sejam punidos os principais responsáveis pela grave crise econômica do país.

As pessoas que enriqueceram nas últimas décadas por não pagarem os impostos, os que fizeram evasão de impostos, devem pagar por isso, disse o presidente grego em sua entrevista ao chefe de Governo, transmitida ao vivo pela televisão pública "NET".

Para salvar à Grécia da falência, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os países da zona do euro anunciaram no domingo o desembolso de 110 bilhões de euros nos próximos três anos.

Em troca, o Governo de Papandreou deverá implementar um duro programa de austeridade, que inclui a redução de salários dos funcionários e o aumento de vários impostos.

Papoulias manifestou a certeza que "o povo apoiará aos esforços, mas com a condição de que as medidas sejam efetivas e justas, e também acabe a impunidade", além de "terminar com a evasão de impostos".

O primeiro-ministro disse que esses princípios têm "um bom apoio, de parte do mecanismo europeu" e reiterou que o primeiro trabalho da Grécia "é punir os culpados porque o sentimento de impunidade destrói e causa do povo".

Várias comissões parlamentares investigam os escândalos econômicos do anterior Governo conservador, como a cobrança de subornos e a venda ilegal de terras estatais.

Os sindicatos preparam protestos contra os cortes que pretendem arrecadar 30 bilhões de euros em três anos e convocaram uma greve geral de 24 horas para na próxima quarta-feira, quando deve ser ratificada no Parlamento a lei para implementar as medidas de austeridade.

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