Hassan Rohani: o presidente herdou um país com uma economia prejudicada pelas sanções internacionais e os gastos de antecessor (Sergei Karpukhin/Reuters)
AFP
Publicado em 10 de abril de 2017 às 13h54.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, defendeu nesta segunda-feira seu balanço econômico à imprensa, embora não tenha anunciado oficialmente sua candidatura para a eleição presidencial de 19 de maio.
Rohani, considerado moderado, rejeitou as críticas dos conservadores à sua política econômica durante seu mandato, alegando que houve avanços importantes nos setores de agricultura, saúde, energia e internet.
O presidente também falou sobre o impacto do acordo nuclear concluído em 2015 com as grandes potências, que supôs a suspensão de múltiplas sanções internacionais.
"Em todos os níveis, os dados nos mostram que desde então (quando o acordo foi assinado), há mais espaço para o progresso e o movimento" econômico, estimou o presidente.
Eleito graças a um programa que buscava recuperar os vínculos com Ocidente e suavizar as tensões sociais, Rohani herdou um país com uma economia prejudicada pelas sanções internacionais e os gastos de antecessor, o ultraconservador Mahmud Ahmadinejad.
Em referência aos contratos assinados para comprar aeronaves de passageiros Airbus e Boeing, o mandatário afirmou que os quase 4 bilhões de dólares que os iranianos gastam anualmente em passagens de avião serão assim transferidos às companhias aéreas locais.
Rohani também destacou a ação de seu governo para permitir o acessode internautas às redes sociais, apesar da pressão dos conservadores.
Esperava-se que o presidente anunciasse sua candidatura para um segundo mandato, mas ele afirmou que a entrevista coletiva dessa segunda-feira não era sobre as eleições do mês que vem.
Os aspirantes à consulta presidencial tem que apresentar sua candidatura entre esta terça-feira e sábado.