Economia

Presidente do BC participa de audiência pública em comissão da Câmara nesta quarta

Roberto Campos Neto deve falar sobre política monetária e explicar um erro contábil no fluxo cambial, divulgado em janeiro pela instituição

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública para ouvir o presidente do Banco Central (BC). A comissão quer informações sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%. 

À mesa, em pronunciamento, presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública para ouvir o presidente do Banco Central (BC). A comissão quer informações sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%. À mesa, em pronunciamento, presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (Pedro França/Agência Senado/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 27 de setembro de 2023 às 06h05.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participa nesta quarta-feira, 27, de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. Ele deve falar sobre o processo de queda de juros e explicar um erro contábil no fluxo cambial, divulgado em janeiro pela instituição. O pedido para realização da audiência é do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).

Campos Neto também apresentará aos parlamentares os detalhes sobre o processo de queda de juros. Como mostrou a EXAME, O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou nesta terça-feira, 26, quando publicou a ata da última reunião de colegiado que levou a Selic para 12,75% ao ano, que manterá o ritmo de cortes dos juros em 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Além disso, os diretores do BC (BC) afirmaram que julgam como pouco provável a aceleração do ritmo de queda da taxa, para 0,75 ponto percentual.

Preocupação com a ancoragem de expectativas

"O Comitê julga como pouco provável uma intensificação adicional do ritmo de ajustes, já que isso exigiria surpresas positivas substanciais que elevassem ainda mais a confiança na dinâmica desinflacionária prospectiva. Tal confiança viria apenas com uma alteração significativa dos fundamentos da dinâmica da inflação, tais como uma reancoragem bem mais sólida das expectativas, uma abertura contundente do hiato do produto ou uma dinâmica substancialmente mais benigna do que a esperada da inflação de serviços", informou o BC.

Os membros do Copom também alertaram que manter as metas definidas no novo arcabouço fiscal é essencial para a credibilidade do país, para o processo de redução de juros e para a recuperação da economia. Uma mudança de meta poderia brecar a queda da Selic.

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