Haruhiko Kuroda: "Precisamos garantir que a inflação de 2% esteja firmemente ancorada na mente do público e que as pessoas ajam com base na assunção de que os preços vão subir 2%" (Bogdan Cristel/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 às 08h16.
Tóquio - A recuperação econômica do Japão receberá ainda mais suporte da melhora no mercado de trabalho e da retomada das economias externas, afirmou o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, ao prometer manter a política ultrafrouxa por quanto tempo for necessário para superar a deflação.
Ele destacou que o BC não vai considerar como um sucesso apenas elevar a inflação para 2 por cento, meta que adotou neste ano, mas quer fortalecer as expectativas de altas sustentadas e contínuas dos preços.
"Precisamos garantir que a inflação de 2 por cento esteja firmemente ancorada na mente do público e que as pessoas ajam com base na assunção de que os preços vão subir 2 por cento", disse Kuroda.
"O Japão ver uma inflação de 2 por cento apenas temporariamente não é suficiente. Esse nível precisa ser sustentado de forma estável. Isso significa que as expectativas de inflação de longo prazo, não apenas a inflação ao consumidor, precisam alcançar 2 por cento", disse ele em seminário nesta sexta-feira.
Para garantir que a recuperação econômica permaneça nos trilhos após 15 anos de deflação, ele disse que o BC usará suas compras de títulos para manter os custos de empréstimo baixos por quanto tempo for necessário.