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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Central da Alemanha (Deutstche Bundesbank), Axel Weber, externou satisfação em constatar que o Banco Central brasileiro está testando modelos e experiências de outros países, fazendo correlações e, eventualmente, aplicando-os à realidade nacional.
Ele considerou que o Brasil está avançando muito nesse aspecto, em função, sobretudo, da adaptação e da aplicação de modelos do mundo inteiro, bem como da evolução de todo esse processo.
"Ele gostou muito dessa interação entre o estudo teórico e empírico", disse o presidente do BC, Henrique Meirelles. Weber encerrou hoje (14) o 12º Seminário Anual de Metas de Inflação, promovido pela instituição brasileira.
O presidente do BC alemão disse que é contrário à tese defendida por alguns países de se aumentar a meta de inflação em dois pontos percentuais para nações que têm metas de 2%, porque considera que a alteração da meta para cima geraria uma desancoragem das expectativas, com um custo elevado. "Ele acha que a ancoragem das expectativas de inflação é fundamental para evitar o custo da desinflação", disse Meirelles.
Weber avaliou, também, que a principal maneira de combater as bolhas de crédito, que considera as mais negativas para a economia, é por meio de regras prudenciais, que controlem a expansão desequilibrada do crédito.
Para Meirelles, isso prova que o BC brasileiro está trabalhando em sintonia com as instituições congêneres dos países mais desenvolvidos do mundo para continuar garantindo a estabilidade de preços, a estabilidade econômica e a sustentabilidade do crescimento.