Economia

Premiê grego: piores temores sobre a economia se confirmaram

ATENAS (Reuters) - O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, disse ao Parlamento nesta sexta-feira, após visita de inspetores da União Europeia, que os piores temores sobre a economia do país se confirmaram. "Tudo o que foi revelado após as eleições provam que a Nova Democracia (governo anterior) fugiu de suas responsabilidade", disse ele. "A história […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2010 às 08h25.

ATENAS (Reuters) - O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, disse ao Parlamento nesta sexta-feira, após visita de inspetores da União Europeia, que os piores temores sobre a economia do país se confirmaram.

"O prejuízo é incalculável. Não é apenas financeiro ou fiscal, mas também afeta nossa posição de Estado. Nossa tarefa hoje é esquecer o custo político e pensar apenas na sobrevivência do país. As políticas do passado tornam necessário que procedamos com mudanças brutais e que reduzamos privilégios acumulados."

A Grécia está desesperada para ganhar de novo a confiança dos investidores. A UE também está pressionando o país por medidas radicais para reduzir seu déficit.

Autoridades do governo grego disseram que inspetores da UE, que visitaram o país junto com especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), fizeram uma avaliação ruim da economia do país. A mensagem geral é de que Atenas não cumprirá suas metas de redução do déficit sem cortes de custos.

"Há apenas um dilema: vamos deixar o país falir ou vamos reagir? Vamos deixar os especuladores nos sufocarem ou vamos pegar nosso destino em nossas mãos?", disse Papandreou.

"Precisamos fazer o que pudermos para administrar os perigos imediatos hoje. Amanhã será tarde demais e as consequências serão mais terríveis."

Papandreou insistiu que a Grécia não quer um pacote de ajuda de fora. "Pedimos à UE sua solidariedade e eles nos pediram para cumprirmos nossas obrigações. Vamos cumprir nossas obrigações."

"Nenhum outro país pagará nossas dívidas. É uma questão de honra, de orgulho para o nosso país colocarmos a casa em ordem."

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasDívida públicaEuropa

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo