Li Keqiang: governo tem várias opções de políticas, mas são reformas que impulsionam crescimento, diz (Jason Lee/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2014 às 08h54.
Pequim - O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, acusou os "estrangeiros" de não compreender os objetivos da política do seu governo, argumentando que a economia chinesa pode crescer menos do que a meta de 7,5% enquanto os indicadores de renda e emprego continuarem apontando para níveis estáveis de atividade.
Os comentários do premiê foram publicados no portal online do governo nesta quinta-feira, antes da divulgação do relatório do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao terceiro trimestre, no dia 21 de outubro.
A expectativa é de que este relatório mostre um crescimento entre julho e setembro bem abaixo da meta para este de ano, de 7,5%, mas Keqiang sinalizou que, ainda que isso se confirme, o governo não pretende responder com uma política agressiva de estímulo.
"Os estrangeiros entenderam errado, ao sentir que 7,5% é o fundo do poço. Como eu disse anteriormente, 'em torno de 7,5%' pode significar um pouco acima ou abaixo, sem problemas. A questão chave é saber se o emprego e a renda estão crescendo", disse.
O premiê afirmou que o mercado de trabalho chinês está, de modo geral, estável, com indicadores de emprego acima das expectativas e a renda das famílias superando o ritmo de crescimento do PIB. "Esse é o crescimento que queremos ver", afirmou.
Nesta semana, o Banco Mundial cortou a projeção de crescimento para o PIB da China para 7,4%, marcando o mais recente rebaixamento na perspectiva para o país diante da resposta de analistas aos sinais de que o governo não estaria preparado para dar apoio a atividade chinesa no curto prazo.
O primeiro-ministro chinês alertou que as dificuldades enfrentadas na economia não devem ser subestimadas, mas disse que seu governo têm feito apenas ajustes na atual política para ajudar a estabilizar o mercado.
Segundo Keqiang, o governo tem várias opções de políticas, mas repetiu que são reformas que impulsionam o crescimento.
"Preferimos usar reformas para estimular o crescimento, para liberar mais dividendos no mercado, focando especialmente em áreas chaves e setores carentes, apoiando pequenas empresas e o desenvolvimento dos setores rural e de serviços", declarou.
As metas para o desenvolvimento econômico e social neste ano tem de ser atingidas e aqueles que fracassarem em fazer esforços para cumpri-las serão responsabilizados, completou o primeiro-ministro. Fonte: Market News International.