Economia

Americana decreta situação de calamidade financeira

Segundo o prefeito, Omar Najar, há uma grave crise nas contas públicas, com dívida de R$ 90 milhões em 2016


	Americana: a meta é reduzir em R$ 7 milhões as despesas mensais e, em um ano e meio, colocar as contas em dia
 (Ana Paula Hirama/Wikimedia Commons)

Americana: a meta é reduzir em R$ 7 milhões as despesas mensais e, em um ano e meio, colocar as contas em dia (Ana Paula Hirama/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2016 às 13h34.

A Prefeitura de Americana, no interior paulista, decretou situação de calamidade financeira na última quarta-feira (12). O decreto publicado no Diário Oficial da cidade, vale pelos próximos 120 dias.

Segundo o prefeito, Omar Najar, há uma grave crise nas contas públicas, com dívida de R$ 90 milhões em 2016. A dívida global herdada de outras administrações ultrapassa R$ 1,2 bilhão. A situação piorou com a acentuada queda na arrecadação devido à crise econômica nacional.

Segundo a Prefeitura, a meta é reduzir em R$ 7 milhões as despesas mensais e, em um ano e meio, colocar as contas em dia com dinheiro para investimentos.

Entre as medidas para atingir a meta estão cortes de despesas gerais, demissões de comissionados, negociação com fornecedores e a devolução do estádio Décio Vitta ao Rio Branco Esporte Clube.

A administração criou ainda uma Comissão de Reestruturação Financeira que será responsável por controlar o gasto público.

Americana tem 231 mil habitantes e as principais atividades econômicas são a indústria têxtil e de transformação. A Prefeitura possui cerca de 5,4 mil funcionários.

Todos estão recebendo salários em três parcelas, dentro do mês, devido à queda da receita. Deve haver ainda demissão de cerca de 1,5 mil funcionários que, segundo a Prefeitura, será feita com base em uma análise criteriosa.

Servidores públicos da Prefeitura estão reunidos em assembleia com o sindicato da categoria para decidir que medidas tomarão.

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