Economia

Preços dos alimentos caem 0,9% em dezembro, diz FAO

O Índice de Preços dos Alimentos da FAO, que mede a variação mensal dos preços internacionais de uma cesta de commodities alimentares, marcou 209 pontos em dezembro

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 08h20.

Roma - Os preços internacionais dos alimentos caíram em dezembro para o menor nível desde junho de 2012, o que representa o terceiro mês consecutivo de redução, anunciou nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O órgão alertou, entretanto, para a perspectiva pessimista do trigo de inverno já semeado no Hemisfério Norte.

O Índice de Preços dos Alimentos da FAO, que mede a variação mensal dos preços internacionais de uma cesta de commodities alimentares, marcou 209 pontos em dezembro, queda de dois pontos, ou 0,9%, ante o patamar de novembro. A redução foi provocada principalmente pela retração dos indicadores de cereais e gorduras.

O índice de preços de cereais caiu para 250 pontos em dezembro, 2,3% abaixo do registrado em novembro. Na comparação com igual mês do ano anterior, a diminuição foi de 2,4%.

"Em dezembro, os preços do milho caíram acentuadamente, porque a volumosa oferta para exportação da América do Sul aliviou a pressão decorrente da pouca disponibilidade de grãos dos Estados Unidos. Os valores do arroz também diminuíram em dezembro, na expectativa de boas colheitas. No entanto, os preços do trigo pouco variaram diante de uma atividade comercial fraca", destacou a FAO.

Enquanto isso, o índice de preços de óleos e gorduras mediu 197 pontos em dezembro, queda de 4 pontos ou quase 2% ante o mês anterior, marcando o quarto mês consecutivo de declínio.

Para 2012 como um todo, o Índice de Preços dos Alimentos da FAO ficou em média em 212 pontos - 7% abaixo do nível de 2011, com as maiores quedas ocorrendo em açúcar (17,1%) e laticínios (14,5%). Contudo, a redução de preço foi mais modesta para os cereais, que caíram apenas 2,4% no ano.

"O resultado marca uma reversão da situação verificada em julho, quando o forte aumento dos preços despertou temores de uma nova crise alimentar", afirmou o diretor-geral assistente do Departamento de Desenvolvimento Econômico e Social da FAO, Jomo Sundaram. As informações são da Dow Jones.

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