Metais: choque entre EUA e China já interfere no valor de matérias-primas metálicas, de acordo com relatório do Banco Mundial (Sean Gallup//Getty Images)
AFP
Publicado em 24 de abril de 2018 às 19h38.
Os preços das matérias-primas aumentarão este ano, impulsionados pela demanda, pelos riscos geopolíticos e pela possível aplicação de tarifas aduaneiras, afirmou um relatório do Banco Mundial (BM) divulgado nesta terça-feira (24).
O barril de petróleo deveria chegar a uma média de 65 dólares neste ano, contra 53 dólares em 2017.
Os preços do conjunto das matérias-primas energéticas (petróleo, gás natural e carvão) devem aumentar 20% em 2018, diz o informe que revisa em forte alta suas projeções de outubro.
O índice de preços dos metais avançaria 9%, estimulado pelo alumínio e pelo níquel.
"A aceleração do crescimento mundial e a alta da demanda são fatores importantes que explicam essas previsões em alta para a maioria das matérias-primas", disse Shantayanan Devaraja, economista-chefe do BM em um comunicado.
O relatório é prudente acerca do petróleo, considerando os crescentes riscos geopolíticos - como a situação da Síria e do Irã - e o estado cada vez pior da economia da Venezuela.
Por outro lado, os choques comerciais entre China e Estados Unidos, as maiores economias do mundo, "já pesam nos metais", diz o documento.
Os preços das matérias-primas agrícolas devem aumentar modestos 2% neste ano, de acordo com o BM.