Economia

Preços ao produtor têm primeira deflação depois de 5 meses

Índice de Preços ao Produtor, medido pelo IBGE, recuou 0,43 por cento no mês passado, após alta de 0,30 por cento no mês anterior

Preços ao produtor: categoria com maior deflação foi a de bens de consumo, com baixa de 0,58 por cento (Foto/Thinkstock)

Preços ao produtor: categoria com maior deflação foi a de bens de consumo, com baixa de 0,58 por cento (Foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 28 de março de 2017 às 09h58.

São Paulo - O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou em fevereiro a primeira deflação desde agosto do ano passado, com queda nos preços de todas as categorias e facilitando o caminho para o Banco Central aumentar o ritmo do corte de juros.

O IPP recuou 0,43 por cento no mês passado, após alta de 0,30 por cento no mês anterior, informou nesta terça-feira oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o indicador acumula alta de 1,54 por cento.

A categoria com maior deflação foi a de bens de consumo, com 0,58 por cento, seguida pela queda de 0,36 por cento nos preços dos bens intermediários. Já bens de capital apresentou recuo de 0,30 por cento no mês.

No mês passado, os produtos das indústrias extrativas apresentaram recuo de 5,06 por cento, impressão teve queda de 2,29 por cento e fumo caiu 2,01 por cento. Na outra ponta, os produtos de metalurgia tiveram alta de 2,96 por cento nos preços.

A maior influência para a queda, entretanto, partiu dos alimentos, com -0,27 ponto percentual após recuo nos preços de 1,31 por cento, com destaque para óleo de soja refinado e óleo de soja em bruto, mesmo degomado.

A inflação vem recuando e pavimentando o caminho para o BC dar acelerar o ritmo de afrouxamento monetário, depois de já ter reduzido a Selic em 2 pontos percentuais desde outubro, para os atuais 12,25 por cento.

A expectativa agora é de corte de 1 ponto percentual na reunião de abril do BC, após redução de 0,75 ponto na última.

Em março, o IPCA-15, a prévia da inflação oficial ao consumidor teve a menor alta mensal em mais de dois anos e meio, de 0,15 por cento, depois de avançar 0,54 por cento no mês anterior.

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