Economia

Preços ao produtor têm alta generalizada e IGP-M dispara 4,34% em setembro

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 5,92% em setembro

A alta das Matérias-Primas Brutas chegou a 10,23% em setembro (Bruno Domingos/Reuters)

A alta das Matérias-Primas Brutas chegou a 10,23% em setembro (Bruno Domingos/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 29 de setembro de 2020 às 09h18.

Os preços subiram de forma generalizada e pressionaram o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) a uma alta de 4,34% em setembro, de 2,74% em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 4,51% no mês.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta a 5,92% no mês, depois de subir 3,74% em agosto.

A alta das Matérias-Primas Brutas chegou a 10,23% em setembro, de 6,93% no mês anterior.

"O índice de preços ao produtor segue influenciado pela alta de grandes commodities, como a soja em grão, que subiu 14,32% em setembro", destacou o coordenador de índices de preços, André Braz.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, subiu em setembro 0,64%, de uma alta de 0,48% em agosto.

O destaque no IPC foi o avanço de 1,73% no grupo Educação, Leitura e Recreação, depois de uma queda de 0,62% em agosto. Somente o item passagem aérea passou de recuo de 3,57% em agosto a um salto de 23,74% em setembro.

Já o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) teve avanço de 1,15% no período, depois de subir 0,82% no mês anterior.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.

Acompanhe tudo sobre:FGV - Fundação Getúlio VargasIGP-M

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo