China: "a piora na deflação ao produtor representa um grande desafio para o governo", diz economista (Greg Baker/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2015 às 11h43.
Pequim - O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China recuou ainda mais, segundo números oficiais divulgados neste domingo, o que dificulta a tarefa do país de crescer na meta anual de 7%, disse Liu Xuezhi, economista do Bank of Communications.
O PPI caiu 5,4% em julho, na comparação com igual mês de 2014, pior que a expectativa dos analistas de recuo de 5,0% e também que a queda de 4,8% no ano de junho.
"Nós esperamos que o PPI mantenha-se em território negativo ao longo do primeiro semestre do próximo ano", disse Liu, citando a demanda fraca e a queda nos preços do petróleo e de outras commodities. "A piora na deflação ao produtor está representando um grande desafio para o governo manter o crescimento em 7% no segundo semestre", apontou ele.
Como a inflação ao consumidor avança a um ritmo modesto, de 1,6% no ano em julho ante uma meta oficial de 3% no ano, Liu acredita que o Banco do Povo da China deve cortar o compulsório em 1 ponto porcentual para o restante do ano, a fim de reduzir os custos de empréstimo para as empresas.
O economista Liu Ligang, do ANZ, advertiu para o risco de deflação na China, diante do PPI fraco. "A piora no PPI aponta para crescente pressão deflacionária", afirmou ele.
"As políticas monetária e fiscal da China terão de apoiar mais a economia no restante do ano", opinou. O economista do ANZ espera que o PBOC reduza o compulsório dos bancos em 0,5 ponto porcentual e corte a taxa de juros em 0,25 ponto porcentual no terceiro trimestre. Fonte: Dow Jones Newswires.