Economia

Preços ao produtor na China têm maior alta em mais de 5 anos

Índice de preços ao produtor saltou 5,5 por cento em dezembro na comparação com o ano anterior, maior avanço desde setembro de 2011

Notas de iuane: aceleração dos preços reforça a visão de que a segunda maior economia do mundo tem um ritmo estável no novo ano (AFP/AFP)

Notas de iuane: aceleração dos preços reforça a visão de que a segunda maior economia do mundo tem um ritmo estável no novo ano (AFP/AFP)

R

Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 08h32.

Pequim - Os preços ao produtor na China tiveram em dezembro a maior alta em mais de cinco anos e bem acima do esperado uma vez que os preços de carvão e outras matérias-primas avançaram, ampliando as expectativas de que a inflação global pode ser mais forte em 2017.

A aceleração dos preços reforça a visão de que a segunda maior economia do mundo tem um ritmo estável no novo ano, sustentada por uma atividade industrial e demanda doméstica mais fortes em meio a um boom da construção e dos empréstimos.

Mas alguns analistas estão preocupados de que os fortes ganhos nos preços ao produtor podem também ser alimentados pela crescente especulação nos mercados futuros de commodities, ampliando o risco de bolhas na economia da China mesmo com os líderes tentando controlar o explosivo crescimento da dívida.

O índice de preços ao produtor saltou 5,5 por cento em dezembro na comparação com o ano anterior, maior alta desde setembro de 2011, contra avanço de 3,3 por cento em novembro, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Estatísticas.

A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de alta de 4,5 por cento.

Refletindo o aumento da demanda por material de construção e carvão para aquecimento e siderurgia, e cortes determinados pelo governo no excesso da capacidade industrial, os preços das matérias-primas e de mineração continuaram a mostrar os maiores ganhos, subindo respectivamente 9,8 e 21,1 por cento.

Já o índice de preços ao consumidor subiu 2,1 por cento na base anual, contra expectativa de avanço de 2,3 por cento, uma vez que a alta dos preços de alimentos foi mais modesta, de 2,4 por cento.

Acompanhe tudo sobre:ChinaInflaçãoPreços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto