Trabalhador da indústria: índice mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2013 às 09h58.
São Paulo - O Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,19 por cento em julho, após avançar 1,32 por cento no mês anterior, mas apesar da desaceleração, a grande maioria das atividades pesquisas registrou alta, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O IBGE revisou ligeiramente o dado de junho após anunciar anteriormente alta de 1,33 por cento.
Em julho, 18 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços na comparação com o mês anterior, segundo o IBGE.
As maiores variações positivas na comparação mensal ocorreram nos preços de outros produtos químicos (2,73 por cento), fumo (2,62 por cento), alimentos (2,57 por cento) e produtos de metal (2,21 por cento).
Já as maiores influências vieram de alimentos (0,50 ponto percentual), outros produtos químicos (0,30 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (0,10 ponto) e produtos de metal (0,06 ponto).
No acumulado em 12 meses até julho, por sua vez, o IPP apresentou alta de 4,96 por cento, ante 4,24 em junho. Neste caso, as maiores variações ocorreram em fumo (11,70 por cento), outros produtos químicos (10,55 por cento), papel e celulose (10,26 por cento) e têxtil (6,97 por cento).
Os principais impactos de alta vieram de outros produtos químicos (1,12 ponto percentual), alimentos (0,71 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (0,60 ponto) e metalurgia (0,46 ponto).
O IPP mede os preços "na porta das fábricas" e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.
Diante de um cenário de inflação ainda elevada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na véspera elevar a taxa básica de juros Selic em 0,50 ponto percentual, para 9 por cento ao ano, indicando que deve manter o atual ritmo de aperto monetário para conter a inflação.
Um dos principais motivos de preocupação é a alta recente do dólar e seu potencial impacto sobre a inflação. Tanto que o BC anunciou um programa de leilões cambiais diários com o objetivo de "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado".
Atualizado às 9h58