Economia

Preço médio gasolina nas bombas cai 0,4%, a R$ 4,79, diz ANP

A leve queda aconteceu pela 15ª semana consecutiva

Gasolina: Desde o pico histórico de R$ 7,39, registrado na penúltima semana de junho, a gasolina já recuou 35% nos postos (Pilar Olivares/Reuters)

Gasolina: Desde o pico histórico de R$ 7,39, registrado na penúltima semana de junho, a gasolina já recuou 35% nos postos (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de outubro de 2022 às 21h09.

Em uma demonstração de exaustão dos esforços do governo para baixar ainda mais o preço dos combustíveis, a gasolina comum nas bombas caiu somente 0,4%, de R$ 4,81 para R$ 4,79 entre os dias 2 e 8 de outubro, informou a Agência Nacional de Petróleo Biocombustíveis e Gás Natural (ANP). A leve queda aconteceu pela 15ª semana consecutiva.

Desde o pico histórico de R$ 7,39, registrado na penúltima semana de junho, a gasolina já recuou 35% nos postos. A trajetória de queda começou em 24 de junho, quando o governo federal sancionou a lei que limitou o ICMS incidente sobre combustíveis a 17% em todo o País.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso.

Depois, nos meses de julho, agosto e setembro, os preços seguiram caindo em função de quatro reduções seguidas nos preços praticados pela Petrobras em suas refinarias, que são aos poucos repassadas às bombas pelos varejistas. Como a Petrobras não reduziu a gasolina nas últimas semanas, os preços estão mais próximo da estabilidade.

Com a Petrobras voltando a praticar valores abaixo do preço paridade internacional, que subiu em função da alta do insumo no exterior, é improvável que a estatal dê novos reajustes para baixo no curtíssimo prazo. Essa estabilidade nos preços finais ao consumidor tende, portanto, a se consolidar.

Antes do movimento baixista dos últimos três meses, porém, a gasolina acumulava alta de 70,6% nos postos desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), em janeiro de 2019. Assim, os esforços do governo para reduzir preços à beira das eleições, facilitados pelo recuo da cotação internacional do petróleo, ainda não compensaram a escalada experimentada nos primeiros três anos e meio de governo.

Preço do diesel

Esta semana, informou a ANP, o preço médio do diesel S10 nos postos brasileiros voltou a cair de forma significativa, para R$ 6,67 ante os R$ 6,73 registrados na semana anterior, um recuo de 0,9%. Essa leve retração na ponta ainda está relacionada à redução de 5,7%, ou R$ 0,30 por litro, no preço praticado pela Petrobras em suas refinarias, em 20 de setembro.

Desde a semana em que foi imposto o teto de 17% no ICMS, em 24 de junho, o diesel S10 foi reajustado para baixo nas refinarias da Petrobras em três ocasiões. Nos postos, assim como a gasolina esse combustível também caiu por 14 semanas seguidas e, agora, acumula queda de 13,1% no preço médio do litro, que variou de R$ 7,68 no início do ciclo para os atuais R$ 6,67.

Preço do Gás de cozinha

Já o botijão de 13 quilos de gás de cozinha (GLP), produto consumido amplamente pela população, foi vendido a R$ 110,62 esta semana, redução de 1,3% ante o preço da semana passada, de R$ 112,13.

O preço do botijão vinha em alta no varejo até o início da semana passada, mas caiu como consequência das duas reduções realizadas pela Petrobras nas refinarias, em 13 e 22 de setembro.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:ANPGasolinapostos-de-gasolina

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo