Vista noturna de Hong Kong: cinco das 10 cidades mais caras do mundo estão na região Ásia-Pacífico (Diliff/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2014 às 22h02.
Londres e Sydney - Os investidores estão dispostos a pagar mais que o dobro por escritórios nos andares mais altos dos arranha-céus de Hong Kong do que pelo espaço equivalente em Manhattan, disse a corretora Knight Frank LLP.
Os espaços de trabalho nos andares mais altos dos arranha-céus, que comandam os aluguéis mais caros, estão sendo vendidos a US$ 69.222 o metro quadrado em Hong Kong, contra US$ 42.283 em Tóquio, que ficou em segundo lugar, e US$ 25.740 em Manhattan, disse a corretora com sede em Londres, hoje, em um relatório. Cinco das 10 cidades mais caras do mundo estão na região Ásia-Pacífico, segundo o relatório.
“As cidades formadas em ilhas tendem a adotar as torres para maximizar o espaço”, escreveu James Roberts, chefe de pesquisa comercial da Knight Frank, no relatório. “Embora Hong Kong e Tóquio estejam muito à frente para perder o primeiro e o segundo lugar, eu vejo alguma concorrência entre Manhattan, Londres e Cingapura no ano que vem”.
Os aluguéis no principal distrito de negócios de Hong Kong, o Central, subirão 15 por cento neste ano à medida que a demanda dos bancos aumentar, preveem analistas da Credit Suisse Group AG, liderados por Joyce Kwock, em um relatório de janeiro.
Os aluguéis estão subindo mais rapidamente fora dessa área, pois as empresas de serviços financeiros estão buscando alternativas ao distrito Central da cidade, que tem o segundo mais caro custo de ocupação de escritórios do mundo, segundo a CBRE Group Inc. Aluguéis mais caros geralmente resultam em aumento dos valores das propriedades.
Em Manhattan, as empresas financeiras estão reduzindo sua necessidade de espaço ou cortando custos e as empresas de tecnologia e mídia estão preferindo edifícios mais antigos, o que limita os ganhos com aluguel.
O JPMorgan Chase Co., maior banco dos EUA, está mudando cerca de 2.000 funcionários para o MetroTech Center, no Brooklyn, após analisar sua carteira imobiliária, disse uma fonte com conhecimento direto do plano.
Cingapura, Londres
Cingapura, a cidade mais cara do mundo para se viver, e Londres vêm na sequência entre os lugares mais caros -- com os espaços em arranha-céus avaliados em US$ 23.810 e US$ 23.767 o metro quadrado, respectivamente -- e podem trocar de lugar na classificação no ano que vem, disse Roberts, da Knight Frank, no comunicado.
Os aluguéis de escritórios em Cingapura subiram 4,2 por cento nos três meses até 31 de dezembro, o maior aumento na região Ásia-Pacífico, segundo a corretora Jones Lang LaSalle.
Londres tem a “confiança renovada graças a um crescimento econômico melhor que o esperado e preços de aluguéis em aumento no mercado de escritórios”, disse Roberts. “Dada a incerteza econômica nos mercados emergentes, em 2014 nós provavelmente veremos algumas das cidades asiáticas saírem da lista”.
Sydney, Pequim, Xangai, São Francisco e Moscou completaram o top 10, com valores que variam de US$ 18.392 a US$ 13.333 o metro quadrado.