Cabos de transmissão de energia elétrica próximos a usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2014 às 16h36.
São Paulo - O preço de energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) subiu para acima dos 500 reais por megawatt-hora (MWh) em praticamente todas as regiões do país, diante da redução das chuvas previstas.
"O comportamento do PLD foi influenciado pela redução das afluências previstas e dos níveis iniciais de armazenamento, que contribuíram para a elevação em 49 por cento do PLD em relação a semana anterior nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte", informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta sexta-feira. O preço médio fixado para essas regiões foi de 547,79 reais por MWh para a próxima semana, ante 368,53 reais nesta semana.
O preço médio do Sul, que estava no valor mínimo de 15,62 reais por MWh, subiu quase 23 vezes para 356,66 reais em média.
"Apesar das condições favoráveis de armazenamento no Sul no início da segunda semana de julho – proporcionadas pelas vazões cerca de cinco vezes a média histórica para o período da região –, a expectativa de afluências para região em julho está menos otimista em função da atenuação das frentes frias", informou a CCEE.
Esse fator deverá reduzir consideravelmente as vazões das próximas semanas, embora ainda permaneçam acima da média histórica para o mês.
"Neste cenário ainda será possível o envio máximo de energia do Sul para o Sudeste, limitado pela capacidade de intercâmbio elétrico de uma região para outra", disse a CCEE.
A queda na intensidade das frentes frias deverá também impactar a região Sudeste, provocando redução nas afluências nesse submercado.
Consumo de Energia
A CCEE informou ainda que é esperada queda da temperatura no Sul do país na semana que vem, o que deve resultar em um pequeno aumento no consumo de energia quando comparada com a expectativa da semana passada. Queda na temperatura significa em maior uso de aquecedores de ambientes.
As outras regiões do país ainda deverão manter o comportamento de queda no consumo de energia motivado pela realização da Copa do Mundo e feriados em dias de jogos em algumas cidades.