Cesta básica: a cesta mais cara foi registrada em Porto Alegre (R$ 443,66) (Jorge Araújo/Folha Imagem/Folha de S.Paulo)
Agência Brasil
Publicado em 6 de julho de 2017 às 13h02.
O custo da cesta básica em junho diminuiu em 23 capitais brasileiras e aumentou em quatro, aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ao longo de junho, os maiores recuos foram registradas no Rio de Janeiro (-5,02%), em Brasília (-4,18%), Vitória (-4,14%) e em Belo Horizonte (-4,03%).
Já as elevações foram observadas em quatro capitais: Fortaleza (0,99%), Macapá (0,43%), São Luís (0,20%) e Rio Branco (0,06%).
A cesta mais cara foi registrada em Porto Alegre (R$ 443,66), seguida por São Paulo (R$ 441,61), Florianópolis (R$ 432,40) e Rio de Janeiro (R$ 420,35).
Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,35) e Salvador (R$ 350,22).
Nos últimos 12 meses, houve retração em 22 cidades. As taxas negativas mais expressivas foram observadas em Belo Horizonte (-11,97%), Campo Grande (-9,81%) e Brasília (-9,71%).
Já os aumentos no acumulado do período ocorreram nas cidades do Nordeste: Fortaleza (5,61%), Recife (2,20%), Maceió (1,49%), João Pessoa (1,02%) e Natal (0,62%).
No primeiro semestre de 2017, 16 capitais tiveram diminuição, com destaque para Rio Branco (-13,29%), Cuiabá (-7,27%), Manaus (-6,83%) e Brasília (-6,21%).
As altas acumuladas mais significativas foram anotadas em Recife (7,44%), Aracaju (4,54%) e Fortaleza (3,63%).
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de Porto Alegre, no período o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser o equivalente a R$ 3.727,19, ou 3,98 vezes o mínimo atual, de R$ 937,00.
Em maio de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.869,92, ou 4,13 vezes o mínimo vigente. Em junho de 2016, o salário-mínimo necessário foi de R$ 3.940,24, ou 4,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.
Quando se compara o custo da cesta e o salário-mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em junho, 44,83% do salário-mínimo para adquirir os mesmos produtos que, em maio, demandavam 45,81%.
Em junho de 2016, o percentual foi de 49,98%.
De maio a junho houve predominância de alta no preço do feijão e da manteiga. Já o tomate, a batata (coletada na região centro-sul), a banana, o óleo de soja, a carne bovina de primeira e o arroz tiveram redução média de valor na maior parte das cidades.