União Europeia: os mercados financeiros estão nervosos e a pressão internacional para uma ação decisiva cresce (Georges Gobet/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2012 às 08h17.
Pais/Bruxelas - Autoridades de Finanças das quatro maiores economias da zona do euro vão se reunir em Paris nesta terça-feira para tentar reduzir as diferenças sobre o futuro do bloco de moeda única após o Chipre ter se tornando o quinto membro a pedir resgate.
Como preparação para a cúpula da União Europeia que começa na quinta-feira, ministros de Alemanha, França, Itália e Espanha discutirão o gerenciamento da crise no curto prazo e propostas para uma integração fiscal e bancária de longo prazo.
Os mercados financeiros estão nervosos e a pressão internacional para uma ação decisiva cresce, mas a cúpula, a 20a desde que os problemas de dívida do bloco começaram no início de 2010, não deve resultar em uma solução duradoura para a crise.
"Amanhã haverá uma reunião, que será muito importante, entre (o presidente francês François Hollande e (a chanceler alemã) Angela Merkel, e esta noite receberei os ministros das Finanças junto com o comissário europeu", disse o ministro da Economia francês, Pierre Moscovici.
Um relatório preparado pelas quatro autoridades da UE sugere que a zona do euro pode criar um tesouro para a moeda única e emitir eurobônus no médio prazo como a etapa final de uma união fiscal.
Entretanto Merkel, que lidera a maior economia da Europa e principal contribuidor de seus fundos de resgate, novamente descartou na segunda-feira qualquer compartilhamento de dívida ou responsabilidades bancárias, afirmando que isso é "economicamente errado e contraprodutivo".
A sessão entre os ministros das Finanças foi convocada tão às pressas -em uma aparente tentativa de reparar os danos da disputa pública entre Merkel e líderes dos outros três Estados em Roma na semana passada- que a assessoria de imprensa de um dos ministros só soube do convite na terça-feira de manhã.
O Chipre, terceiro menor país da zona do euro e com uma economia de apenas 1 milhão de moradores, ampliou o drama na segunda-feira ao pedir um resgate.