Potencial futuro de São Paulo caiu 23 posições em um ano (PriscilaZambotto/Thinkstock)
João Pedro Caleiro
Publicado em 5 de junho de 2018 às 15h03.
Última atualização em 5 de junho de 2018 às 16h26.
São Paulo - São Paulo é a 31ª cidade mais competitiva e influente do planeta e o Rio de Janeiro é a 56ª, mas o potencial futuro de ambas está despencando.
É o que mostra um ranking divulgado nesta semana pela A.T. Kearney, uma das maiores consultorias de gestão de negócios do mundo, que analisou a força de 135 cidades.
Um dos rankings é de performance atual, resultado de 27 métricas em 5 dimensões: atividade de negócios, capital humano, intercâmbio de informações, experiência cultural e engajamento político.
Nova York segue com a melhor nota, com liderança global em itens como artes visuais e cênicas, porcentagem da população nascida em outro país e oferta gastronômica.
Em segundo lugar vem Londres, líder em eventos esportivos, agências de notícias, visitantes estrangeiros e experiência cultural de forma geral.
O top 10 continua com Paris, Tóquio, Hong Kong, Los Angeles, Singapura, Chicago, Beijing e Bruxelas. Boston tem as melhores universidades e Moscou tem os melhores museus.
Das 6 cidades brasileiras analisadas, a mais bem colocada é São Paulo na 31ª posição (inalterada em relação a 2017), atrás de Buenos Aires (25º) mas na frente de Roma (34ª) e Genebra (36º).
Já o Rio de Janeiro está em 56º lugar, uma queda de 4 posições em relação ao ano anterior, logo atrás de Bogotá e logo na frente de Tel Aviv.
A A.T. Kearney também mediu o potencial futuro das cidades com base no ritmo de melhora de 13 métricas em 4 dimensões: bem-estar pessoal, economia, inovação e governança.
Nesta medida, as cidades brasileiras se saíram bem pior: em um ano, São Paulo foi do 73º para o 93º lugar e o Rio foi de 68º para o 89º lugar.
Ambas ficam atrás de cidades da América Latina como Cidade do México (68º lugar) e Lima, no Peru (79º lugar).
A cidade com maior potencial futuro é São Francisco graças a sua força em inovação, medida pelo número de patentes registradas e puxada pelas companhias do Vale do Silício.
Outras cidades se destacam em outras áreas, como Praga (baixa desigualdade), Melbourne (qualidade de vida), Frankfurt (infraestrutura) e Cidade do Kuwait (estabilidade e segurança).
O ranking existe há uma década e teve até agora 8 edições. Neste período, o principal destaque foram as cidades chinesas, líderes em alta de potencial.
Segundo o estudo, isso é fruto de "esforços intencionais de entidades locais, regionais e nacionais para melhorar a competitividade do país".
Veja a posição global das 6 cidades brasileiras, entre as 135 analisadas, em performance e potencial no ranking de 2018:
Performance | Potencial | |
---|---|---|
São Paulo | 31º | 93º |
Rio de Janeiro | 56º | 89º |
Porto Alegre | 93º | 107º |
Belo Horizonte | 95º | 102º |
Salvador | 101º | 119º |
Recife | 112º | 110º |