Chairman dos ministros das Finanças da zona do euro, Jeroen Dijsselbloem, conversa com jornalistas durante conferência com o ministro das finanças português Vitor Gaspar, em Lisboa (Jose Manuel Ribeiro/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2013 às 12h05.
Lisboa - O governo português não requisitou nenhum novo alívio das metas do déficit orçamentário, mas seus parceiros europeus podem considerar tal opção, caso o país mantenha as reformas no caminho correto.
"Se, na base do esforço e cumprimento do programa e das metas estruturais, for necessário mais tempo para fazer face a percalços econômicos, mais tempo será considerado", afirmou o chairman dos ministros das Finanças da zona do euro, Jeroen Dijsselbloem, em entrevista ao lado do ministro das Finanças português, Vitor Gaspar.
Dijsselbloem, que disse que Portugal não fez qualquer pedido de flexibilização das metas do resgate financeiro, adiantou que "a consolidação orçamentária tem de continuar", frisando a necessidade de avançar as reformas estruturais.
O ministro das Finanças de Portugal destacou o grande esforço que o país tem feito para cumprir o resgate, acumulando ganhos de credibilidade, o que permite ter boas perspectivas de sair "de forma sustentada" do programa de ajustamento.
Vitor Gaspar realçou que não pode excluir mais flexibilização das metas do resgate, "mas só se as circunstâncias o exigirem".