Economia

Portucel vê estabilidade do preço da celulose no 2º semestre

A gestão prudente com a entrada de nova capacidade no Brasil e a forte demanda devem evitar uma inversão de tendência


	Fábrica de papel e celulose: os preços de celulose branqueada de eucalipto começaram a se recuperar no quarto trimestre do ano passado, de uma queda iniciada em meados de 2013
 (hxdyl/ThinkStock)

Fábrica de papel e celulose: os preços de celulose branqueada de eucalipto começaram a se recuperar no quarto trimestre do ano passado, de uma queda iniciada em meados de 2013 (hxdyl/ThinkStock)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2015 às 14h41.

Lisboa - A Portucel espera estabilização dos preços de celulose no segundo semestre de 2015 após forte alta na primeira metade do ano, mas a gestão prudente com a entrada de nova capacidade no Brasil e a forte demanda evitarão uma inversão de tendência, disse o presidente-executivo da empresa, Diogo da Silveira.

Em entrevista à Reuters, ele salientou que a celulose tem tido uma procura muito forte, com uma evolução muito positiva nos preços.

"Com certeza o segundo semestre será mais calmo, e não é certo que haverá uma inversão de tendência. Tem se falado muito de inversão de tendência, mas não é certo," afirmou.

Os preços de celulose branqueada de eucalipto começaram a se recuperar no quarto trimestre do ano passado, de uma queda iniciada em meados de 2013, e a tendência tem continuado neste ano.

Alguns analistas têm dito, contudo, que o avanço de preços deverá ser limitado durante o segundo semestre, com produtores de papel não integrados reduzindo o consumo e com a entrada em operação de nova capacidade no Brasil.

"Há mais capacidade a entrar no Brasil, mas os brasileiros têm mostrado que conseguem gerenciar essa entrada de capacidade de forma adequada e, como há uma procura significativa na celulose, acredito que o impacto não será tão grande quanto poderíamos temer há três ou seis meses," disse Silveira.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoMadeiraPapel e CelulosePreçosVendas

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto