Furacão Maria: a passagem da tempestade destruiu a infraestrutura da ilha e deixou 34 mortos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de outubro de 2017 às 06h36.
Última atualização em 6 de outubro de 2017 às 10h03.
San Juan - O governo de Porto Rico ficará sem recursos no fim deste mês ou no início de novembro enquanto tenta lidar com a devastação provocada pela passagem do furacão Maria, que destruiu a infraestrutura da ilha e deixou 34 mortos.
O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, anunciou hoje a situação dos cofres públicos da ilha e pediu ao Congresso dos Estados Unidos um pacote de ajuda financeira.
Rosselló disse que o pedido de ajuda é o único plano de seu governo, já que, sem o auxílio, Porto Rico pode entrar em uma situação de crise humanitária, o que aceleraria o êxodo de porto-riquenhos para os EUA.
O chefe do governo local indicou que o prejuízo causado pelo furacão Maria pode passar dos US$ 95 bilhões. Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, foi a Porto Rico para ver de perto a destruição e o trabalho dos 10 mil membros das agências federais americanas que foram enviados para ajudar na recuperação da ilha.
O Comitê de Recursos Naturais da Câmara de Representantes dos EUA deverá agora analisar quais os passos devem ser tomados para recuperar a economia de Porto Rico.
O secretário de Fazenda de Porto Rico, Raúl Maldonado, já reconheceu que, dada a situação emergencial vivida pela ilha após a passagem do furacão, não haverá dinheiro no fim do mês. O processo de arredacação de impostos e outros tributos cobrados pelo governo foi interrompido por causa do desastre natural.
Rosselló voltou a afirmar que a situação é muito grave e que a população começará a abandonar a ilha se não receber ajuda.
O governo de Porto Rico está atualmente sob o controle da Junta de Supervisão Fiscal, uma entidade aprovada pelo Congresso dos EUA para gerir a dívida pública da ilha, superior a US$ 70 bilhões.