Economia

População desempregada soma 12,74 milhões de pessoas, diz IBGE

Resultado da Pnad mostra que há mais 698 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 5,8%

Em outubro, o país tinha 230 mil brasileiros a menos na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes (Paulo Whitaker/Reuters)

Em outubro, o país tinha 230 mil brasileiros a menos na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 09h58.

Rio de Janeiro - Apesar da melhora recente, o Brasil ainda contava com 12,740 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em outubro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, dia 30.

O resultado significa que há mais 698 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 5,8%. Por outro lado, o total de ocupados cresceu 1,8% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,662 milhão de postos de trabalho.

Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,8% no trimestre até outubro de 2016 para 12,2% no trimestre encerrado em outubro de 2017.

Em outubro, o país tinha 230 mil brasileiros a menos na inatividade, em relação ao patamar de um ano antes. O recuo na população que está fora da força de trabalho foi de 0,4% ante o mesmo período de 2016.

O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,2% no trimestre terminado em outubro.

Setores

A construção cortou 161 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pnad Contínua. O total de ocupados na atividade encolheu 2,3% no trimestre até outubro de 2017 ante o mesmo período de 2016.

Também houve corte de vagas no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com menos 419 mil empregados, um recuo de 4,7% no total de ocupados, e no segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com menos 20 mil vagas, o equivalente a uma ligeira queda de 0,1% na ocupação.

Na direção oposta, a indústria criou 290 mil vagas no período de um ano, uma alta de 2,5% no total de ocupados no setor no trimestre encerrado em outubro ante o mesmo trimestre de 2016, segundo o IBGE. O comércio contratou 392 mil empregados, alta de 2,3% na ocupação no setor.

A atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas - que inclui alguns serviços prestados à indústria - registrou um crescimento de 540 mil vagas em um ano, 5,6 de ocupados a mais.

Também houve aumento no contingente de trabalhadores de alojamento e alimentação (+494 mil empregados), outros serviços (+269 mil pessoas), transporte, armazenagem e correio (+154 mil ocupados) e serviços domésticos (+104 mil empregados).

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