Economia

Política monetária deve ser conduzida para razões internas

Segundo o presidente do BC britânico, Mervyn King, se os bancos centrais seguirem essa regra, o crescimento econômico global irá acelerar


	Mervyn King: "se um país está buscando políticas para melhorar a economia doméstica, isso poderia desvalorizar um pouco a moeda, mas isso levaria a um aumento dos gastos internos" 
 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Mervyn King: "se um país está buscando políticas para melhorar a economia doméstica, isso poderia desvalorizar um pouco a moeda, mas isso levaria a um aumento dos gastos internos"  (Peter Macdiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 09h08.

Tóquio - Os bancos centrais devem conduzir a política monetária por razões internas e se eles seguirem essa regra, o crescimento econômico global irá acelerar, disse nesta terça-feira o presidente do Banco da Inglaterra, banco central britânico, Mervyn King.

O G7, grupo das sete principais economias do mundo, estava de acordo que nenhum país deve intervir no mercado de câmbio ou ter uma meta específica para a sua moeda, mas que se um país está buscando políticas para impulsionar sua economia interna, isso poderia causar a desvalorização de sua moeda, disse King após discursar em Tóquio.

Alguns países têm expressado preocupações de que as agressivas compras de títulos por parte de alguns bancos centrais poderia depreciar suas moedas e desencadear uma onda de desvalorizações competitivas que poderiam prejudicar o comércio global.

King tentou aumentar as compras de títulos governamentais pelo BC em sua reunião mais recente, o que foi rejeitado, mostrando que os bancos centrais estão discutindo até onde podem levar a política monetária não convencional.

"A política monetária doméstica deve ser conduzida por razões internas e, se seguirmos isso, a economia global vai acelerar", disse King no discurso.

"Se um país está buscando políticas para melhorar a economia doméstica, isso poderia desvalorizar um pouco a moeda, mas isso levaria a um aumento dos gastos internos." No início deste mês, o G7 emitiu um comunicado dizendo que os países membros se comprometeram em conduzir a política monetária para suas economias nacionais e não para atingir metas de taxas de câmbio.

Acompanhe tudo sobre:BancosFinançasPolítica monetária

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto