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Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2010 às 08h50.
Atenas - O entorno do Parlamento grego está sendo palco de confrontos entre a Polícia e grupos de manifestantes, em um dia em que ocorre a greve geral contra as medidas de austeridade do Governo.
Por volta do meio-dia, cem mil pessoas segundo fontes sindicais (conforme a Polícia são 25 mil) estão concentradas em um verdadeiro assédio ao Parlamento de Atenas, em cujos arredores os agentes antidistúrbios responderam com gás lacrimogêneo ao lançamento de objetos por parte dos mascarados.
Os participantes do protesto ostentam cartazes com lemas de ordem contra os organismos internacionais que concederam ajuda financeira à Grécia e gritam palavras contra o Governo, que anunciou duras medidas de economia para reduzir o déficit e a dívida.
A greve geral de hoje, convocada pelos sindicatos majoritários e a quarta neste ano, paralisou a totalidade do tráfego aéreo, marítimo e ferroviário, embora algumas lojas do centro da capital tenham aberto as portas.
Conforme um porta-voz da confederação dos trabalhadores "a participação superou 80% nos postos de trabalho".
Funcionários e empregados de diversos setores privados participaram dos protestos, classificados como o maior dos últimos meses, gritando palavras hostis à zona do euro e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
O FMI e os países do euro fizeram empréstimos por 110 bilhões de euros à Grécia para pagar sua elevada dívida, em troca que o país aplique severas medidas de economia, como a redução dos salários dos funcionários, o aumento dos impostos e uma flexibilização da legislação trabalhista, incluídos mais despedidos.
Até 2012, o Governo grego se comprometeu a economizar 30 bilhões de euro do orçamento nacional com essas medidas de austeridade.
A imprensa local também informou que ocorrem confrontos em Salônica, onde 30 mil pessoas participam dos protestos, e nas localidades de Patras e de Ioanina.