Economia

Pobreza afeta 184 milhões de latino-americanos, segundo relatório da Cepal

A taxa de pobreza extrema passou de 9,9% em 2016 para 10,2% da população em 2017, o equivalente a 62 milhões de pessoas

América Latina o índice de 2017 foi o pior desde 2008 (REUTERS | Nacho Doce/Reuters)

América Latina o índice de 2017 foi o pior desde 2008 (REUTERS | Nacho Doce/Reuters)

E

EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 13h22.

Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 14h46.

Santiago do Chile - A pobreza extrema afeta 184 milhões de latino-americanos, dos quais 62 milhões, o equivalente a 10,2% da população da região, se encontram em situação de pobreza extrema, informou nesta terça-feira em Santiago a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Em seu relatório “Panorama Social da América Latina 2018”, com dados de dezembro do ano anterior, a Cepal disse que a proporção de pobres (30,2%) se manteve estável em 2017, mas que o número de pessoas em extrema pobreza continuou aumentando, prolongando-se uma tendência observada desde 2015 na região.

Os 10,2% de latino-americanos vivendo em pobreza extrema constituem a porcentagem mais alta registrada desde 2008, advertiu o órgão da ONU, que em um relatório publicado em fevereiro de 2018 estimou em 632 milhões de habitantes a população da América Latina e em 645,5 milhões com a inclusão do Caribe.

A Cepal, segundo o texto, projetou uma queda no índice de pobreza para 29,6% da população, o equivalente a 182 milhões de pessoas, no final de 2018, mas a projeção para a pobreza extrema se manteve em 10,2% da população, porém com um total de 63 milhões de pessoas, um milhão a mais que em 2017.

“Até quando a região conseguiu grandes avanços entre a década passada e meados da atual, desde 2015 foram registrados retrocessos, particularmente em matéria de pobreza extrema”, advertiu durante a apresentação do relatório Alicia Bárcena, secretária executiva da Cepal.

Os países que mais reduziram a pobreza entre 2015 e 2017, segundo o documento, foram o Chile, de 13,7% para 10,7%; Argentina, de 21,5% para 18,7%, El Salvador, de 42,6% para 37,8%; e o Paraguai, de 23,4% para 21,6%; enquanto no Brasil houve aumento, de 18,8% para 19,9%.

Segundo o texto, as maiores reduções da pobreza vão em paralelo com um aumento da renda das famílias de menores recursos no Chile, El Salvador e República Dominicana, enquanto na Costa Rica, Panamá e Uruguai o principal fator foram as pensões recebidas pelas famílias de menores recursos.

“Isto corrobora a importância de dotar de mais recursos a população em situação de pobreza, combinando o fortalecimento da renda do trabalho com a provisão de transferências públicas e o fortalecimento dos sistemas de proteção social”, ressaltou a Cepal. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCepalPobreza

Mais de Economia

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad