Zona do Euro: política econômica pode dar novos estímulos ao crescimento, diz economista (Denis Charlet/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2014 às 10h45.
São Paulo - Os índices dos gerentes de compras (PMI) da zona do euro apresentaram queda generalizada em agosto, segundo números preliminares divulgados pela Markit. O PMI Composto caiu para 52,8 neste mês, de 53,8 em julho, registrando a mínima dos últimos dois meses. Economistas consultados pela Dow Jones Newswires projetavam uma queda menos acentuada para 53,4.
Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade econômica na comparação com o mês anterior. O número composto inclui dados do setor manufatureiro e do setor de serviços.
Na indústria, o PMI recuou para 50,8 em agosto, de 51,8 em julho, também abaixo das expectativas de 51,2. Da mesma forma, no setor de serviços o PMI caiu para 53,5 neste mês, ante 54,2 em julho, em desaceleração mais forte do que o recuo para 53,6 esperado pelas previsões.
De acordo com o economista da Markit Rob Dobson, com o recuo dos índices, a zona do euro indica um crescimento de apenas 0,3% a 0,4% neste terceiro trimestre do ano. Esse nível não deve gerar os estímulos necessários ao mercado de trabalho para reverter a situação do emprego na região.
Para Dobson, o ritmo de expansão da economia próximo à estabilidade deve fazer com que os formuladores de política econômica da zona do euro mantenham a atenção sobre os indicadores para eventuais novas medidas de estímulo. Ele acredita, no entanto, que as autoridades ainda devem esperar que a política recente surta efeito antes de fazer maiores mudanças.