Indústria: o índice de produção caiu para 46,0 em dezembro ante 46,1 em novembro. As fábricas reduziram suas forças de trabalho a um ritmo mais rápido do que no mês anterior (REUTERS/Jean-Paul Pelissier)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 06h54.
Londres - A desaceleração da atividade industrial da zona do euro se aprofundou em dezembro uma vez que as novas encomendas caíram, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), sugerindo que recessão da economia pode ter se ampliado no último trimestre de 2012.
O setor industrial ajudou a tirar o bloco de 17 países da última recessão, mas PMIs mostraram que a Irlanda foi o único membro do bloco monetário a registrar crescimento em dezembro.
O PMI compilado pelo Markit recuou para 46,1 em dezembro ante 46,2 em novembro. A leitura final de dezembro ficou abaixo ainda da preliminar de 46,3. O índice está abaixo da marca de 50 que divide crescimento de contração desde agosto de 2011.
"O setor industrial da zona do euro permaneceu em uma forte contração no final do ano. Portanto a recessão da região deve ter se aprofundado, possivelmente de forma bastante significativa, no último trimestre", disse o economista chefe-chefe do Markit, Chris Williamson.
O índice de produção caiu para 46,0 em dezembro ante 46,1 em novembro e, conforme a atividade continuou em queda, as fábricas reduziram suas forças de trabalho a um ritmo mais rápido do que no mês anterior.
A Alemanha, maior economia da Europa, viu seu setor industrial encolher pelo 10o mês seguido e a um ritmo mais rápido do que em novembro, enquando dados da França mostraram uma queda em 16 dos últimos 17 meses.
O recuo na Espanha se aprofundou no mês passado, enquanto o índice da Itália permaneceu abaixo de 50 pelo 17o mês.
A zona do euro caiu no ano passado em sua segunda recessão desde 2009 e a economia da região deve ter contraído de novo no quarto trimestre, de acordo com pesquisa da Reuters. A expectativa é de que só retorne ao crescimento no segundo trimestre deste ano.
As novas encomendas, uma medida da produção futura, caíram pelo 19o mês, com o subíndice recuando para 43,5 ante 44,2 e consideravelmente abaixo da leitura preliminar de 44,1.