China: Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria divulgado nesta quinta-feira foi a 51,8 em novembro (Nelson Ching/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 30 de novembro de 2017 às 07h32.
Pequim - O crescimento do setor industrial da China acelerou inesperadamente em novembro, apesar da repressão à poluição do ar e à desaceleração do mercado imobiliário cuja expectativa era de que pesasse sobre a segunda maior economia do mundo.
Os dados favoráveis devem ajudar a aliviar as preocupações, por enquanto, de que a campanha de Pequim para conter o excesso de risco no setor financeiro e sua batalha contra poluição possam levar a uma desaceleração mais aguda do que o esperado na economia da China.
"Muitas pessoas (previam) uma desaceleração cíclica, mas não temos visto isso...parece que o ímpeto atual pode ser sustentado até ao menos o começo do próximo ano", disse Zhou Hao, economista sênior do Commerzbank.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial de indústria divulgado nesta quinta-feira foi a 51,8 em novembro, contra 51,6 em outubro.
Ele permaneceu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo 16º mês seguido. Analistas consultados pela Reuters projetavam queda a 51,4.
Impulsionado por fortes gastos do governo em infraestrutura, um mercado imobiliário resiliente e força inesperada nas exportações, o setor industrial da China tem sido um importante motor do crescimento acima do esperado da economia de quase 6,9 por cento até agora neste ano.
Já a pesquisa sobre o setor de serviços mostrou expansão a um ritmo mais acelerado em novembro, reforçando a visão de que qualquer desaceleração na economia será gradual.
O PMI oficial de serviços subiu a 54,8 de 54,3 em outubro.