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PMI: Covid restringe expansão de serviços, mas emprego cresce em novembro

PMI de serviços caiu a 50,9 em novembro, ante 52,3 em outubro, quando havia marcado máxima em nove meses

 (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de dezembro de 2020 às 10h24.

Última atualização em 3 de dezembro de 2020 às 10h26.

O crescimento do setor de serviços do Brasil perdeu um pouco de força em novembro, diante dos contínuos temores relacionados ao coronavírus, mas ainda assim a atividade registrou a primeira expansão do emprego desde fevereiro, ajudada por crescimento dos novos trabalhos, apontou nesta quinta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Entretanto, o otimismo para os próximos 12 meses diminuiu e houve forte aumento nos custos de insumos, levando o PMI de serviços a cair a 50,9 em novembro, de 52,3 em outubro, quando havia marcado máxima em nove meses.

Embora esse resultado indique apenas uma taxa marginal de expansão, o índice permaneceu acima da marca de 50, que separa crescimento de contração, pelo terceiro mês seguido.

"A pandemia de Covid-19 pesou sobre a economia de serviços, com o aumento na atividade sendo marginal e mais fraco do que em outubro. Temores de nova alta nos casos de Covid-19 e as restrições associadas que pode trazer restringiram o otimismo das empresas", avaliou a diretora econômica da IHS Markit, Pollyanna De Lima.

A pesquisa aponta que o aumento na atividade de negócios refletiu expansão das novas encomendas e a reabertura de algumas unidades, embora o desempenho dos fornecedores de serviços tenha sido contido pela pandemia de Covid-19.

Novembro marcou o quarto mês seguido de aumento nos novos trabalhos, sustentado por números maiores de turistas, conquista de novos clientes e melhora da demanda.

Os novos negócios para exportação registraram em novembro o primeiro aumento até agora em 2020, ainda que em ritmo leve, e todo esse cenário possibilitou a criação de empregos no setor pela primeira vez em nove meses.

Por outro lado, os custos de insumos aumentaram ainda mais em novembro e no ritmo mais forte desde setembro de 2016, diante da depreciação do real no ano e de preços mais altos de combustíveis, equipamentos de proteção individual e outros.

Em resposta, os preços cobrados pelos fornecedores de serviços brasileiros também foram elevados em novembro. Entretanto, a diferença entre as taxas de inflação de insumos e dos preços cobrados foi a maior em quase quatro anos, o que sugere que as empresas continuaram a absorver grande parte dos custos adicionais, segundo o IHS Markit.

E, embora as empresas continuem projetando crescimento da produção no ano à frente, o grau de otimismo no setor de serviços enfraqueceu para uma mínima de quatro meses em novembro.

As expectativas de aprovação de reformas e de uma vacina para o coronavírus sustentaram a confiança, mas temores com uma segunda onda de infecções pesaram sobre o sentimento.

A desaceleração do crescimento tanto na indústria quanto no setor de serviços se traduziu em um aumento mais lento da produção do setor privado brasileiro em novembro. Assim, o PMI Composto caiu a 53,8 no mês passado, de 55,9 em outubro.

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