Economia

Plantio acelerado nos EUA sobrecarrega fertilizantes

Agricultores plantaram cerca de 42 milhões de acres de milho em uma semana no mês passado, quase o dobro em comparação com uma típica semana de pico

Fazendeiro realizando a colheita do milho em uma fazenda perto de Carmi, Illinois (Scott Olson/Getty Images)

Fazendeiro realizando a colheita do milho em uma fazenda perto de Carmi, Illinois (Scott Olson/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 14h58.

Chicago - O impulso acelerado para plantar a safra de milho dos EUA deste ano, após frequentes atrasos, expôs um elo fraco na rede agrícola: os fertilizantes.

Após fortes chuvas causarem um dos mais lentos inícios de plantio já registrados, os produtores se colocaram rapidamente em movimento, plantando cerca de 42 milhões de acres de milho em uma semana no mês passado --um recorde e quase o dobro em comparação com uma típica semana de pico no plantio.

No entanto, a logística para trazer nutrientes essenciais para a safra, como ureia e nitrogênio líquido, do Golfo do México ou Canadá para o Meio-Oeste --e, em seguida, distribuí-los aos produtores-- não conseguiu acompanhar o ritmo, uma vez que os operadores foram surpreendidos com o súbito aumento da demanda.

O problema não foi a oferta geral de fertilizantes, que é ampla, e sim levá-los ao lugar certo na hora certa.

A dificuldade logística ajuda a explicar por que os agricultores levaram mais tempo do que o habitual para conseguir plantar completamente suas lavouras, apesar de um ritmo sem precedentes em determinadas semanas. O assunto dos fertilizantes também alimenta dúvidas sobre a produtividade, que pode ser prejudicada quando as safras são plantadas tardiamente.

O Departamento da Agricultura dos EUA reduziu na quarta-feira suas perspectivas para a produção de milho em 1 por cento ante o mês passado, devido às expectativas de rendimento reduzido.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaEstados Unidos (EUA)FertilizantesPaíses ricosTrigo

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo