Economia

Planos de saúde individuais terão reajuste de até 6,91%, bem acima da inflação

Índice é o menor desde 2020, quando houve queda de preço em meio à pandemia. Mas supera a inflação do período, que foi de 3,69%. Correção atinge 8,79 milhões de usuários, ou 17% do mercado

Agência o Globo
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Publicado em 4 de junho de 2024 às 10h50.

Última atualização em 4 de junho de 2024 às 13h48.

Os planos de saúde individuais ou familiares terão reajuste de até 6,91% este ano, decidiu nesta terça-feira a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O índice será válido para o período que vai de 1º de maio deste ano a 30 de abril de 2025 e será aplicado na data de aniversário do contrato.

O índice ficou abaixo do registrado nos últimos anos. Em 2023, por exemplo, a alta foi de 9,63%. À exceção de 2020, no auge da pandemia de Covid, quando os planos tiveram redução de valor, este é o menor reajuste desde 2010.

Mas a alta supera a inflação média da economia. Nos últimos 12 meses, o IPCA, índice usado nas metas de inflação do governo, ficou em 3,69%.

A ANS considera no cálculo do índice do setor a variação de custos médico-hospitalares nos últimos 12 meses e também o IPCA, porém descontado da inflação o subitem plano de saúde.

O índice definido pela ANS se aplica apenas aos planos individuais, que têm 8,79 milhões de usuários no país, ou 17% do total de brasileiros cobertos pela saúde privada. Mas acaba servindo de parâmetro também para o reajuste dos demais planos, tanto os empresariais como os coletivos por adesão.

O aumento anual é aplicado pelas operadoras na data de aniversário de cada contrato. Como o percentual está sendo divulgado com um mês de atraso, ele será aplicado retroativamente nos contratos que deveriam ter sido reajustados no mês passado.

Além disso, caso haja mudança de faixa etária durante o período, é possível que o consumidor tenha dois reajustes num mesmo ano.

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