Temos que simplificar o sistema tributário, fazer ser mais amigo dos contribuintes, disse Larraín (Catherine Allen/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de março de 2018 às 12h00.
Santiago do Chile - O Governo liderado por Sebastián Piñera no Chile anunciou nesta segunda-feira, em seu primeiro dia de gestão, uma reforma tributária para este ano e um ajuste fiscal devido a um déficit estrutural maior do que o esperado.
O anúncio foi feito pelo ministro de Fazenda, Felipe Larraín, que ao chegar ao escritório disse aos jornalistas que "temos um projeto e esperamos pactuá-lo. Estivemos trabalhando por algum tempo nele, vamos informar".
"Temos que simplificar o sistema tributário, fazer ser mais amigo dos contribuintes", acrescentou.
O governo da presidente Michelle Bachelet, cujo mandato terminou no domingo, impulsionou e alcançou a aprovação de uma reforma tributária para financiar a gratuidade do ensino e outras medidas no âmbito da educação, que foi focada principalmente em um aumento da tributação às empresas.
Esta reforma foi criticada porque é complicada para os contribuintes, principalmente pequenas e médias empresas, cumprir com suas disposições.
Sobre o ajuste fiscal, Larraín disse que é necessário após revelar que o Governo de Bachelet fechou 2017 com um déficit equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ao invés de 1,7% que tinha informado de forma preliminar.
"Estamos trabalhando em um ajuste orçamentário", disse a respeito Larraín, que comentou que o tema "ainda deve ser analisado" e considerou que "não é uma boa notícia".
"Estamos em um período de contração, porque indubitavelmente a situação fiscal é diferente da que tínhamos há 8 ou 4 anos. Temos níveis de dívida pública que duplicaram e o que corresponde é iniciar as medidas de austeridade, e depois ver como realocar recursos", precisou.
"É preciso usar os bens públicos de maneira inteligente, vamos cuidar do dinheiro que pertence a todos os chilenos ", disse Larraín, que reiterou que as metas do novo governo no âmbito econômico são dinamizar o crescimento, a criação de empregos e a recuperação das finanças públicas.