Ao chegar ao Senado, Pimentel reiterou que a cotação do dólar, acima dos R$ 2, é favorável aos exportadores. “Mas para quem importa é preocupante”, ponderou (Antônio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2012 às 14h03.
Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse hoje (22) que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá acima da média mundial em 2012, mas certamente será menor do que a previsão atual do governo, de 4,5%. Ele, no entanto, reiterou que, apesar de preparado para enfrentar a crise internacional, o país não está imune a ela e, por isso, sofrerá impactos nas áreas econômica e industrial.
“Nós soubemos enfrentar a crise com ousadia. Por isso, o Brasil, em 2012, vai conseguir fazer o PIB crescer acima da média internacional, que deve estar entre 2,5% e 3%. Mas nossa previsão de 4,5% provavelmente será reduzida. Vamos conversar com o ministro Mantega [Guido Mantega, da Fazenda] sobre isso”, disse Pimentel durante o seminário Desafios da Indústria Brasileira Frente à Competitividade Internacional, no Senado.
Segundo Pimentel, os investimentos em infraestrutura e as ações de apoio à industria garantirão esse crescimento acima da média mundial. Para isso, acrescentou, a taxa de investimento sobre o PIB tem de ultrapassar a média de 19% a 20% e chegar a 24% ou 25%.
“O Brasil está preparado para enfrentar a crise. Mas isso não quer dizer que estamos imunes. Há impactos sobre nosso tecido econômico e sobre a indústria, conforme mostram os índices industriais. Precisamos ter atenção com volume e qualidade de investimentos porque a palavra chave no mundo inteiro é inovação”, acrescentou.
Ao chegar ao Senado, Pimentel reiterou que a cotação do dólar, acima dos R$ 2, é favorável aos exportadores. “Mas para quem importa é preocupante”, ponderou.
“Com o dólar no novo patamar, muda um pouco a programação das indústrias, e começa a ser atraente, de novo, exportar carros”, exemplificou. “A crise internacional fez o mercado externo se retrair muito, mas se a indústria [automobilística] acha que tem competitividade, nós vamos apoiá-la”, completou.