Economia

Pimentel nega protecionismo em encontro Brasil-Alemanha

Apesar das constantes críticas sobre o protecionismo do Brasil, o ministro avaliou que o "nosso mercado não é fechado para nenhum país, inclusive da Alemanha"


	Pimentel afirmou que o Brasil será sempre grande produtor agrícola e de recursos minerais e que almeja "ser uma economia industrial de ponta, no estado da arte do século 21", como é a Alemanha
 (Antonio Cruz/ABr)

Pimentel afirmou que o Brasil será sempre grande produtor agrícola e de recursos minerais e que almeja "ser uma economia industrial de ponta, no estado da arte do século 21", como é a Alemanha (Antonio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 11h50.

São Paulo - O ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira, na abertura do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2013, em São Paulo, que os dois países "são duas economias quase absolutamente complementares", cuja cooperação entre ambas é "cada vez mais efetiva".

Pimentel lembrou que o Brasil será sempre grande produtor agrícola e de recursos minerais e que almeja "ser uma economia industrial de ponta, no estado da arte do século 21", como é a Alemanha.

"A complementaridade se dará na área de inovação e o segmento mais inovador da Alemanha é o de pequenas e médias empresas que queremos trazer; queremos aprender com humildade", disse.

Apesar das constantes críticas sobre o protecionismo do Brasil, o ministro avaliou ainda que o "nosso mercado não é fechado para nenhum país, inclusive da Alemanha".

Anne Ruth Herkes, secretária de Estado do Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha, defendeu o investimento de pequenas e médias empresas alemãs no País, mas citou a crise da Zona do Euro como entrave.

"Não podemos ter expectativas excessivas diante das condições Zona do Euro", afirmou Anne Rutth que cobrou a redução das barreiras ao comércio em seu pronunciamento.

Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, refutou as criticas sobre o protecionismo brasileiro à indústria de transformação e provocou os alemães durante o Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2013, em São Paulo (SP). "Dizem que o Brasil protege, mas muitas vezes outros países têm mais protecionismo, como a própria Alemanha", afirmou.

Andrade lembrou que o déficit comercial brasileiro soma US$ 6 bilhões em 2013, mas avaliou que o Brasil tem problemas de produtividade e competitividade.

O presidente da CNI considerou que a pauta comercial entre Brasil e Alemanha é pequena e que os alemães têm "uma vantagem enorme" na balança da indústria de transformação, sem, no entanto, citar números.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaComércioComércio exteriorEuropaFernando PimentelPaíses ricosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1