Ele afirmou que a balança comercial brasileira já registra superávit na primeira semana de maio, que começará a se equilibrar a partir deste mês e que o ano chegará ao fim com um saldo positivo (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2013 às 16h59.
São Paulo - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, considerou nesta terça-feira que, apesar dos déficits comerciais recordes em abril e nos quatro primeiros meses de 2013, o Brasil não está com saldo negativo no fluxo de comércio.
De acordo com Pimentel, no acumulado dos últimos 12 meses, o superávit é de quase US$ 10 bilhões. Ele relatou que de janeiro a abril de 2012 ante igual período deste ano, as exportações caíram de US$ 74,6 bilhões a US$ 71,4 bilhões e causaram impacto nas contas.
"Perdemos US$ 3 bilhões por causa da conta-petróleo. A queda nas exportações de petróleo ocorreu por manutenção preventiva da Petrobras e a produção volta ao normal a partir de junho e julho", justificou Pimentel, que participa de um seminário em São Paulo.
Já as importações cresceram US$ 6 bilhões, para US$ 77,6 bilhões, puxadas por bens de capital, matérias primas e insumos intermediários.
"Quando o país se prepara para crescer, a primeira coisa que aumenta são essas importações", disse. "Outra metade no crescimento das importações é combustíveis e lubrificantes, que não compensaram a queda nas exportações de petróleo", disse.
Ele afirmou que a balança comercial brasileira já registra superávit na primeira semana de maio, que começará a se equilibrar a partir deste mês e que o ano chegará ao fim com um saldo positivo. "Vamos nos recuperar e fechar o ano com dados positivos. O que houve foi um percalço temporário", afirmou.
Questionado sobre a questão do dólar desvalorizado, Pimentel brincou e lembrou que o Brasil tem modelo de câmbio flutuante, o que não quer dizer que governo não seja vigilante.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mencionou a flutuação do dólar e completou: "Não quero dizer que o governo deva intervir mais ou menos, mas quem sabe alguma boia possa ser útil." Pimentel também reiterou que o governo reduziu a taxa de juros para abaixo de dois dígitos e ao menor nível da história, mas que, "se precisar subir, vai subir" como ação de controle da inflação.