O resultado do Estado de São Paulo representa um terço do PIB brasileiro, de acordo com a instituição. Em valores, o PIB paulista alcançou R$ 372,7 bilhões no primeiro trimestre (Mario Rodrigues/Veja São Paulo)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2013 às 16h40.
São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) paulista recuou 0,2% no primeiro trimestre deste ano, comparado com o último trimestre de 2012, apurou a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, contudo, os primeiros três meses do ano apontaram para um crescimento de 1,0%.
"De forma geral, os resultados do PIB do primeiro trimestre de 2013 mostram estabilidade da trajetória da economia no Estado", informa o Seade. O resultado do Estado de São Paulo representa um terço do PIB brasileiro, de acordo com a instituição. Em valores, o PIB paulista alcançou R$ 372,7 bilhões no primeiro trimestre. No acumulado de 12 meses até março, o PIB do Estado cresceu 1,2%. A variação mensal (de março contra fevereiro) foi de 0,4%.
O setor de Serviços registrou recuo na comparação do primeiro trimestre com o período imediatamente anterior. A queda foi de 0,3% na série com ajustes sazonais. O Seade credita o resultado de Serviços ao desempenho de transportes, armazenagem e correio (queda de 3,9%) e nos demais serviços (queda de 0,2%).
No movimento contrário, o segmento de comércio e serviços de manutenção e reparação apresentou leve alta (0,3%). Quando a Fundação Seade passou a divulgar mensalmente os dados do PIB paulista, informou que o setor de Serviços responde por quase 69,1% da economia do Estado.
"O PIB estadual é fortemente dependente das diretrizes nacionais de política econômica e se correlaciona com este, a despeito de suas características específicas", informa o Seade. De acordo com a instituição, o resultado do PIB nacional mostra dependência de influência das commodities, mas a economia paulista, por outro lado, é mais "industrializada e integrada ao mercado interno".
O resultados da Indústria também foi negativo na margem: queda de 0,3%, consequência do desempenho negativo da indústria de transformação e da construção civil (-0,4% e -0,2%, respectivamente). Apresentaram desempenho positivo os segmentos de veículos automotores (5,5%) e de máquinas e equipamentos (2,9%).
O produto da Agropecuária paulista, por sua vez, cresceu 2,8%. O Seade explica que o destaque ficou para a cultura da soja no início do ano (crescimento de 25% em produção no Estado). Culturas como cana-de-açúcar, café e laranja, importantes para São Paulo, ainda não entraram em produção, informa a instituição.
No setor externo, as exportações do Estado diminuíram 20,5%, enquanto as importações cresceram 1,8%. "Esse resultado é influenciado pela importante retração das importações de tradicionais compradores de produtos industriais do Brasil, como a Argentina", diz o estudo.