EUA: no quarto trimestre do ano passado, ápice da guerra comercial com a China, o PIB americano cresceu 2,2% (Carlos Allegri/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2019 às 06h46.
Última atualização em 26 de abril de 2019 às 07h09.
Depois de ter fechado 2018 com avanço de 2,9% no PIB, abaixo da meta do governo, que era de 3%, os Estados Unidos irão divulgar, nesta sexta-feira, 26, a taxa anualizada de crescimento para o primeiro trimestre de 2019.
Caminhando para o fim de uma guerra comercial que mantém com a China desde junho do ano passado, a economia do país deve sofrer menos solavancos do que era previsto por analistas no final do ano passado, que apostavam, até mesmo, em um possível cenário de recessão para este ano. Depois de crescer 2,2% no último trimestre de 2018, o país deve divulgar crescimento de 2,5% nos primeiros três meses de 2019, segundo previsão do jornal Wall Street Journal.
Além dos panos quentes nos conflitos comerciais com os chineses, em 26 de janeiro o presidente Donald Trump assinou um acordo que pôs fim ao Shutdown, maior paralisação que um governo norte-americano já experimentou, com 35 dias de duração. Somado esses dois fatores, o número que será divulgado hoje deve refletir o término de um período de incertezas econômicas para o país, ao menos por enquanto.
Ainda essa semana, o diretor do Conselho de Assuntos Econômicos da Casa Branca, Kevin Hassett, disse que os recentes indicadores econômicos dos EUA apontam para um crescimento mais forte do que era esperado para 2019. Segundo ele, o país fechar o ano com um crescimento na casa dos 3%, cifra pouco maior que a do último ano.
O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, deve ir a Pequim na próxima segunda-feira para acordar o fim definitivo da guerra comercial. O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, deve seguir o mesmo exemplo e estará em Washington no próximo dia seis de maio. Curiosamente, uma boa notícia para o PIB americano veio da China: uma série de estímulos estatais fizeram efeito e devem fazer o país crescer em 2019 pelo menos os 6,6% de 2018. Trump e Xi Jinping, esperam analistas, devem em maio chegar à conclusão de que é melhor o otimismo deste início de 2019, que as incertezas da virada do ano. Para Trump, é ótima notícia, a um ano das eleições presidenciais.