Londres: escalado de casos da variante Ômicron deve afetar negativamente PIB do quarto trimestre (Bloomberg/Bloomberg)
Da redação, com agências
Publicado em 22 de dezembro de 2021 às 08h12.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 1,1% no terceiro trimestre ante o trimestre anterior, informou nesta quarta-feira, 22, o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), segundo a leitura final do dado.
Resultado preliminar divulgado anteriormente havia apontado alta de 1,3%, mas o dado foi revisado.
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O crescimento foi menor do que os 5,4% de alta que o país havia registrado no segundo trimestre, quando muitas das restrições contra a covid-19 foram suspensas.
Na comparação anual, com o mesmo período do ano passado, o PIB do país teve alta de 6,8% no terceiro trimestre, confirmando a primeira leitura do dado e superando a expectativa de analistas, que previam alta de 6,6%.
A expectativa é de uma desaceleração no PIB do quarto trimestre, em meio à preocupação com a variante Ômicron em todo o mundo e novas restrições em vários pontos da Europa. O Reino Unido voltou a ver altas amplas de internações, e a nova onda de casos deve afetar os setores de serviços e varejo.
Mais de 60.000 casos de covid-19 com a variante já foram confirmados no Reino Unido, segundo último boletim do governo divulgado na terça-feira, 21.
O premiê britânico Boris Johnson disse em pronunciamento que não implementará novas restrições na Inglaterra antes do Natal, mas a possibilidade de medidas em janeiro já afeta as expectativas.
Enquanto isso, outros dois territórios do Reino Unido, Escócia e Gales, já implementaram novas restrições, incluindo eventos esportivos sem torcida, redução do limite de pessoas autorizadas em festas e multa a empresas que puderem mas não enviarem seus funcionários para trabalhar de casa.
O Reino Unido também sofre em meio a entraves na cadeia de suprimentos que têm se apresentado com a pandemia e com o Brexit, saída da União Europeia. Impactaram ainda os resultados do terceiro trimestre os gargalos no fornecimento de energia que afetaram muitos países da região no verão europeu.
Os desafios somados fazem com que o Reino Unido ainda esteja atrás de outras economias desenvolvidas da Europa na busca por voltar aos níveis pré-pandemia, segundo a agência Reuters, sobretudo na atração de investimentos.