Economia

PIB do Brasil deve crescer 1,7% em 2024 e 2,1% em 2025, projeta a Fitch

Agência também afirma que o aperto da política fiscal deve corroborar para o arrefecimento da atividade econômica

PIB do Brasil deve crescer 1,7% em 2024 e 2,1% em 2025 (RafaPress/Getty Images)

PIB do Brasil deve crescer 1,7% em 2024 e 2,1% em 2025 (RafaPress/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 13 de março de 2024 às 16h34.

Última atualização em 13 de março de 2024 às 16h53.

A Fitch prevê crescimento de 1,7% para o produto interno bruto (PIB) em 2024 e de 2,1% em 2025. A agência de classificação de risco atrela a desaceleração esperada em 2024, na comparação com 2023, em parte, à safra agrícola, que apesar de continuar forte, deve ser menor do que no ano passado.

O aperto da política fiscal, após a expansão registrada em 2023, também deve corroborar para o arrefecimento da atividade econômica, avalia, em relatório.]

Por outro lado, o afrouxamento da política monetária deve fornecer um apoio de compensação ao crédito e à confiança em 2024, afirma a Fitch. "As reformas estruturais dos últimos anos, incluindo a reforma tributária no ano passado, podem impulsionar o crescimento tendencial, embora a queda no investimento/PIB para 16,5% seja um sinal desfavorável, por enquanto", acrescenta.

Juros

A Fitch prevê que a taxa Selic encerre 2024 em 9,0% e 2025 em 8,50%. A agência de classificação de risco destaca que o Banco Central continua a sinalizar as incertezas fiscais e as expectativas de inflação acima da meta como justificativa para um ritmo cauteloso de afrouxamento. "Ele pode se mover mais lentamente se essas tendências piorarem", pondera, em relatório.

Inflação

A Fitch projeta alta de inflação de 4,0% em 2024, acima do centro da meta, de 3,0%, mas abaixo do teto, de 4,5%.

A agência ressalta que as leituras mensais recentes de inflação sinalizaram alguma rigidez persistente nos preços de serviços e de serviços subjacentes.

Câmbio

Para o câmbio, a Fitch projeta dólar em R$ 5,10 no fim do ano, "balanceando o afrouxamento monetário interno e os fluxos favoráveis da conta-corrente".

Os sinais da política fiscal, pondera, podem influenciar a trajetória do real em 2024, principalmente a preservação ou não da meta fiscal, assim como o cumprimento de possíveis cortes de gastos exigidos pela regra fiscal a depender do desempenho das receitas.

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