Furacões: o furacão Harvey atingiu a Califórnia (Rick Wilking/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de setembro de 2017 às 18h18.
São Paulo - A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), afirmou em coletiva de imprensa após a decisão do BC que os dirigentes da instituição estimam que os juros subam em ritmo gradual, e que a redução do balanço patrimonial, de cerca de US$ 4,5 trilhões, também será gradual, sem a pretensão de fazer ajustes no programa.
A presidente do BC também afirmou que a economia dos EUA continuará crescendo em ritmo moderado e que o mercado de trabalho deve ser influenciado pelos furacões Harvey, Irma e Maria que atingiram as costas do país.
Yellen apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deve ser impactado pelas consequências dos furacões.
Yellen ainda comentou sobre o desempenho da inflação, declarando que seu comportamento neste ano é um "mistério", mas que a sua fraqueza é "provavelmente temporária".
No entanto, reiterou que o BC tem o comprometimento de levar a inflação a 2% e caso a fraqueza persistir, o Fed "terá de agir".
"A experiência sugere que o mercado de trabalho apertado tende a pressionar a inflação", disse.
Ela ainda comentou que o Fed está preparado para retomar reinvestimentos, caso a economia piore. "Não permitiremos que a economia fique superaquecida".
O Fed decidiu nesta quarta-feira manter a taxa de juros inalterada, na faixa entre 1,00% e 1,25%, em decisão tomada por unanimidade.
A taxa de desconto também foi mantida em 1,75%. Além disso, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) anunciou que iniciará em outubro seu plano para redução do balanço patrimonial.