Nos primeiros nove meses do ano, o PIB chinês registra avanço de 0,7% em relação a igual período de 2019 (Wang Chun/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 19 de outubro de 2020 às 07h45.
Última atualização em 19 de outubro de 2020 às 07h49.
A economia da China registrou expansão de 4,9% no terceiro trimestre, na comparação anual, após subir 3,2% no segundo trimestre deste ano ante igual período de 2019. As informações foram divulgadas neste domingo, 18, pelo Escritório Nacional de Estatísticas chinês.
O resultado veio abaixo do que a mediana das projeções coletadas pelo jornal The Wall Street Journal junto a economistas, de alta de 5,3% no PIB do terceiro trimestre, sobre o mesmo período do ano passado.
O crescimento em relação ao trimestre anterior foi de 2,7%. Nos primeiros nove meses do ano, o PIB chinês registra avanço de 0,7% em relação a igual período de 2019.
A recuperação mais lenta do consumo chinês permaneceu um obstáculo, além da incerteza sobre a capacidade de outros países de controlar a pandemia do coronavírus e retornar ao crescimento econômico.
Os principais indicadores econômicos da China continuaram se recuperando em setembro, ajudando a impulsionar o crescimento econômico do país no terceiro trimestre. A produção industrial do país subiu 6,9% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). Economistas consultados pelo The Wall Street Journal previam uma alta anual de 5,8% para setembro. Em agosto, o aumento foi de 5,6%.
As vendas no varejo avançaram 3,3% em setembro na comparação anual, superando a projeção de economistas, de alta de 1,7%. Em agosto, o incremento foi de 0,5%. Nos primeiros nove meses do ano, as vendas no varejo contraíram 7,2%.
Durante esses três trimestres, as vendas online de bens aumentaram 15,3% em relação ao ano anterior, respondendo por 24,3% das vendas no varejo.
O investimento em ativos fixos nos nove primeiros meses do ano aumentou 0,8%, ante queda de 0,3% registrada nos primeiros nove meses do ano. O resultado veio em linha com o projetado por analistas, que esperavam alta de 0,9% de janeiro a setembro.
A taxa oficial de desemprego urbana caiu em setembro, para 5,4%. A taxa permanece abaixo do recorde de 6,2% atingido em fevereiro, durante o auge da pandemia de coronavírus na China.
De acordo com a porta-voz do governo, Liu Aihua, a pressão sobre o emprego ainda é “relativamente alta”. A taxa de desemprego para pessoas de 20 a 24 anos com pelo menos um diploma universitário - principalmente recém-formados - foi 4 pontos percentuais maior em setembro do que há um ano, apesar de ter caído ligeiramente em relação a agosto.
Além disso, cerca de 3,8 milhões a menos de trabalhadores migrantes de partes rurais da China haviam retornado aos seus empregos nas cidades no final de setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, uma queda de 2,1%.