Economia

PIB brasileiro crescerá só 3,2% em 2006, prevê mercado

Projeção de avanço da economia foi rebaixada um dia depois da divulgação do resultado conseguido pelo país no segundo semestre

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

O mercado reduziu pela quarta vez consecutiva a projeção de crescimento da economia brasileira em 2006, desta vez de 3,50% para 3,20%, segundo pesquisa do Banco Central (BC). A opinião de instituições financeiras foi coletada pelo BC na última sexta-feira (1/9), um dia depois da divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país teve alta de 2,2% no primeiro semestre - um resultado pior do que os 3,4% acumulados entre janeiro e junho de 2005.

A pesquisa mostrou também que o mercado agora espera uma inflação menor para o ano. Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPC-A), a alta de preços esperada para 2006 passou de 3,68% para 3,63%. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi reduzida de 2,20% para 2,14%, enquanto a registrada para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de 3,46% para 3,42%. Apenas a projeção para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) não sofreu alteração, mantida em 3,53%.

Mesmo depois de a taxa básica de juros sofrer um corte de 0,5 ponto percentual na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, e cair a 14,25% ao ano, o mercado não reviu sua previsão para o patamar da Selic ao fim de 2006. A estimativa continua em 14% ao ano. Para a produção industrial, a projeção de crescimento voltou a 4%, depois de ter caído a 3,97% na pesquisa anterior.

Na análise de 2007, as apostas das instituições financeiras consultadas pelo BC são de que a economia crescerá 3,50% e de que os juros cairão a 13% ao ano, o que não representa alteração frente à pesquisa anterior.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo