Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 3 de setembro de 2024 às 09h00.
Última atualização em 3 de setembro de 2024 às 09h48.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, segundo dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados nesta terça-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB brasileiro totalizou R$ 2,9 trilhões no período.
O resultado ficou acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,9%. Avanço do setor de serviços, da indústria, o crescimento do consumo das famílias e do governo explicam o resultado positivo da economia brasileira.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,3% e foi acompanhado, mais uma vez, pelos Serviços, com alta de 3,5%, e pela Indústria, que avançou 3,9%, enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.
Segundo o IBGE, o PIB cresceu acima do esperado pelo avanço 1,8% da indústria e de 1% do setor de serviços. O Agro, que foi destaque dos resultados no ano passado, recuou 2,3% no período.
O crescimento na indústria brasileira é explicado pelo desempenho positivo das atividades de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que avançaram 4,2%, Construção, que cresceu 3,5%, e das Indústrias de Transformação, que teve alta de 1,8%. Por outro lado, houve queda de 4,4% nas Indústrias Extrativas.
Nos Serviços, houve altas em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,0%), Informação e comunicação (1,7%), Comércio (1,4%), Transporte, armazenagem e correio (1,3%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%), Atividades imobiliárias (0,9%) e Outras atividades de serviços (0,8%).
Sob a ótima da demanda, três componentes tiveram alta e contribuíram para o resultado do mês: o Consumo das Famílias e o Consumo do Governo cresceram à mesma taxa, 1,3%, ambos, e a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 2,1%.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, os três itens cresceram incentivados principalmente pelas condições do mercado de trabalho, pelos juros mais baixos e pelo crédito disponível.
"A alta dos investimentos, beneficiados pelo crescimento da importação e a produção nacional de bens de capital, o desempenho da construção e, também, o desenvolvimento de software. Além disso, ao contrário do ano passado, o setor externo tem contribuído negativamente para o crescimento da economia”, explica.
O PIB do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024.
O PIB (sigla para Produto Interno Bruto) consiste na soma de todos os bens e serviços que foram produzidos em um território ao longo de um período de tempo. Para o cálculo do PIB, considera-se o resultado na moeda local do país.