Economia

Pezão prevê crescimento econômico este ano

A declaração foi dada no mesmo dia em que o governador disse que o orçamento da área da Segurança Pública permanecerá 3 vezes maior que o da Saúde


	Luiz Fernando Pezão: em relação às despesas do Estado, Pezão afirmou que o investimento na segurança "continua sendo o maior"
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Luiz Fernando Pezão: em relação às despesas do Estado, Pezão afirmou que o investimento na segurança "continua sendo o maior" (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 13h32.

Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta segunda-feira, 4, que, apesar de as dificuldades financeiras persistirem em 2016, o ano não será tão árduo quanto foi 2015.

A declaração foi dada no mesmo dia em que o governador destacou que o orçamento da área da Segurança Pública permanecerá, em 2016, três vezes maior do que aquele previsto para a pasta da Saúde - que enfrenta crise decorrente da falta de recursos no caixa do Estado. Os valores não foram divulgados, só a proporção.

"Eu sou uma pessoa otimista. As medidas que tomamos em 2015 vão se mostrar suficientes, e tivemos a sinalização da presidente Dilma Rousseff, publicando os novos indexadores da dívida dos Estados, que é ansiada há mais de dez anos por todos os governantes. Acredito que a gente vá ter crescimento econômico, não dá para ter outro ano como 2015, por isso o meu otimismo", afirmou. 

Em relação às despesas do Estado, Pezão afirmou que o investimento na segurança "continua sendo o maior".

Em dificuldades financeiras, o governo estadual também busca alternativas para reduzir as despesas.

Uma dessas medidas seria a transferência de órgãos estaduais para um centro administrativo que abrigue diversas secretarias.

O objetivo é reduzir gastos com aluguéis de salas, que chegam a R$ 80 milhões.

O mais cogitado é um edifício de 19 andares na Cidade Nova, na área do Sambódromo, projeto do escritório do arquiteto Oscar Niemeyer.

"Estamos fazendo as contas, vendo três prédios, o que for mais barato. Se pagarmos R$ 40 milhões, já é metade, e ainda se racionaliza custos com empresas de segurança e limpeza", justificou.

Apesar do cenário adverso, Pezão garantiu que os pagamentos de janeiro dos servidores sairão normalmente até o dia 12, sétimo dia útil do mês - em dezembro, o 13º salário foi parcelado.

O governador do Rio também afirmou que a rede da saúde fluminense será enxugada, adaptada à escassez de recursos.

"Temos 26 unidades e os recursos que recebemos são irrisórios, R$ 45 milhões. Vamos nos adaptar ao que a gente recebe, é muito pouco pelo que prestamos. A nossa rede será do tamanho que for pactuado com as prefeituras e o governo federal. O nosso Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) é o único do Brasil. Vamos discutir com o Ministério da Saúde e prefeitos da Região Metropolitano".

Ele deu as declarações após a troca de comando geral da Polícia Militar - saiu o comandante Alberto Pinheiro Neto (oficialmente, a pedido), e entrou em seu lugar o coronel Edison Duarte dos Santos Júnior, que vinha chefiando a Coordenadoria Especial de Assuntos Olímpicos.

O oficial chefiará a corporação no ano dos Jogos Olímpicos do Rio com a experiência de ter coordenado, entre 2009 e 2013, a preparação da PM para atuar na Copa das Confederações e na Jornada Mundial da Juventude, que teve a presença do papa Francisco (ambos em 2013).

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisRio de JaneiroSaúdeseguranca-digital

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto