Economia

Petróleo pode atingir US$150 caso conflito sírio se alastre

Cotações do petróleo Brent podem subir em direção a US$125 por barril caso o Ocidente lance ofensivas aéreas contra a Síria


	Plataforma de petróleo:  contrato referência do petróleo do Mar do Norte pode subir para até US$150 por barril caso a guerra afete importantes produtores de petróleo como o Iraque
 (Derick E. Hingle/Bloomberg)

Plataforma de petróleo:  contrato referência do petróleo do Mar do Norte pode subir para até US$150 por barril caso a guerra afete importantes produtores de petróleo como o Iraque (Derick E. Hingle/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 12h05.

Londres - As cotações do petróleo Brent podem subir em direção a 125 dólares por barril caso o Ocidente lance ofensivas aéreas contra a Síria, e podem subir ainda mais caso o conflito se espalhe para o resto do Oriente Médio, disse o banco Société Générale nesta quarta-feira.

O analista de petróleo da instituição francesa, Michael Wittner, disse que o contrato referência do petróleo do Mar do Norte pode subir para até 150 dólares por barril caso a guerra afete importantes produtores de petróleo como o Iraque, apesar de que qualquer súbito aumento nos preços da commodity provavelmente seria breve.

"Nós acreditamos que nos próximos dias, o Brent pode subir mais 5 a 10 dólares, avançando para de 120 a 125 dólares, tanto em antecipação ao ataque ou reagindo a notícias de que um ataque havia começado", disse Wittner em um comunicado aos clientes "Caso o alastramento regional do conflito resulte em perturbação significativa do fornecimento iraquiano ou em qualquer outro lugar, o Brent pode subir brevemente para 150 dólares", ele acrescentou.

"No nosso caso básico, nós supomos que um ataque pode começar na próxima semana. Caso demores mais e não haja sinais de que um ataque é iminente, o fator altista que a situação síria tem sobre os preços do petróleo pode começar a desaparecer." O contrato do petróleo Brent com entrega para outubro atingiu uma máxima de 6 meses, a 117,34 dólares, nesta quarta-feira, por temores de que o conflito regional poderia afetar o fornecimento em um momento de oferta restrita em outros produtores de petróleo no Oriente Médio e no Norte da África.


Wittner disse que se o fornecimento de petróleo for reduzido por um conflito militar, o mercado de petróleo dependeria de uma produção adicional da Arábia Saudita, único membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo com capacidade de produção de reserva de petróleo suficientes.

"Os sauditas poderiam lidar com a maioria dos possíveis cenários, mas os mercados vão olhar para a reduzida capacidade ociosa que restar depois de eventuais perturbações, o que seria altista".

Wittner disse que os países consumidores de petróleo poderiam considerar liberar parte de suas consideráveis reservas estratégicas de petróleo caso os preços da commodity subam muito, ou a escassez de oferta se torne aguda.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaOriente MédioPetróleoSíria

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto