Economia

Petróleo opera perto da estabilidade um dia após sessão positiva

O DoE informou que a produção de petróleo dos EUA subiu 32 mil barris por dia na semana encerrada no dia 14, para o nível mais alto em dois anos

Estados Unidos: os estoques de petróleo do país, por outro lado, recuaram mais que o esperado pelos analistas (Edgar Su/File Photo/Reuters)

Estados Unidos: os estoques de petróleo do país, por outro lado, recuaram mais que o esperado pelos analistas (Edgar Su/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de julho de 2017 às 08h46.

Última atualização em 20 de julho de 2017 às 09h07.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo estavam perto da estabilidade na manhã desta quinta-feira, um dia após uma sessão positiva, na qual os dois contratos subiram mais de 1,5% após o relatório de estoques na última semana do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Às 8h (de Brasília), o petróleo WTI para setembro subia 0,02%, a US$ 47,33 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro avançava 0,06%, a US$ 49,73 o barril, na ICE.

O DoE informou que a produção de petróleo dos EUA subiu 32 mil barris por dia na semana encerrada no dia 14, para o nível mais alto em dois anos. Os estoques de petróleo do país, por outro lado, recuaram mais que o esperado pelos analistas.

O aumento na produção dos EUA continua a ser uma importante ameaça ao esforço em andamento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de seus aliados para reduzir o excesso de oferta global da commodity. Esse fator e também o aumento na produção da Líbia atuam como um teto para os preços hoje, segundo Carsten Fritsch, analista do Commerzbank.

Investidores esperam a reunião da Opep na segunda-feira em São Petersburgo, na qual deve ser decidido se Nigéria e Líbia serão incluídos no acordo liderado pelo cartel para conter a oferta. Por enquanto, as duas nações estão de fora da iniciativa, já que enfrentaram problemas recentes na produção.

O esforço liderado pela Opep para reduzir a produção global em 2% tem tido resultados limitados neste ano, já que a crescente produção dos EUA contrabalança esse movimento. Ainda assim, os preços têm se apoiado em mais evidências de uma redução gradual nos estoques. Nos EUA, os estoques caíram pela 13ª vez nas últimas 15 semanas, enquanto os recuos semanais nos estoques de gasolina e destilados também superaram as expectativas.

Também veio a público que as importações petrolíferas da Arábia Saudita para os EUA caíram 524 mil barris por dia na semana até dia 14, no menor patamar desde junho de 2010. Isso ajudou o preço, por sinalizar ao mercado que os cortes da Opep começam a produzir resultados, segundo Warren Patterson, estrategista de commodities do ING Bank. Fonte: Dow Jones Newswires.

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